quarta-feira, 5 de outubro de 2011

São Benedito - 05 de outubro


É, certamente, um dos santos mais populares do Brasil, cuja devoção nos foi trazida pelos portugueses. Nasceu por volta do ano 1526, em São Filadelfo, nas proximidades de Messina, na Sicília (Itália). Nascido de pais escravos - levados da Abissínia (atual Etiópia) para a Itália - ele sofreu preconceito desde pequeno. Por sua pele negra foi ridicularizado, chamado de "o mouro". Trabalhou como pastor de rebanhos. Franciscano, adentrou à Ordem dos Frades Menores Capuchinhos. Em 1578 foi nomeado guardião ou superior do convento, cargo que aceitou com muita resistência por ser analfabeto. Foi admirado por todos e a todos dedicando profundo respeito, amor desinteressado, condescendência pelas faltas e fraquezas alheias, zeloso e carinhoso com os doentes e necessitados, terno e sábio. Possuía o dom de penetrar as mentes e os corações. A tradição popular enriqueceu sua vida com numerosos milagres. Terminou os seus dias como cozinheiro. Morreu no dia 4 de abril de 1589.


São Benedito, rogai por nós!

terça-feira, 4 de outubro de 2011

"4" (de outubro)

“Eu fiz a minha parte, que Cristo vos ensine a fazer a sua!” (São Francisco de Assis)




Se por ocasião de 3 de outubro, toda a Ordem chorava o rompimento do umbigo paternal, a multidão dos anjos celebrava a chegada de uma alma agraciada por Deus. Partiu para o Pai, mas nunca se afastou de nós.

Francisco de Assis rompeu correntes de modismos, quebrou paradigmas, restaurou o templo de pedra para que pudesse ser sinal visível da benevolência divina e sobretudo, restaurou o templo do Espírito, para que o amargo pudesse se tornar doce e a cruz se tornar alento. Se por um lado todos diziam que a glória e a paz estavam na guerra, e como até hoje muitos afirmam, Francisco foi o homem que provou o contrário, pois sendo obediente, - e pela impressão das chagas possamos dizer obediente até a cruz, testemunhou que a glória está em Cristo, e que a paz nunca esteve na guerra, mas no assumir a sua própria fé, ao ponto que a fé do outro não lhe seja um empecilho de anunciar o evangelho.

Fica a pergunta se podemos nos dizer “franciscanos” olhando para aquele que é Francisco de Assis. Permanece a crença que todos estamos a caminho disso, desse seguimento fiel ao Cristo. E ao celebrar a festa de santo tão conhecido e venerado, é missão recordar o quanto iluminou o mundo, aquele que se considerou um verme, foi realmente um vírus, que contaminou o mundo com essa vontade de abandonar tudo para seguir Jesus Cristo. Não teve pretensão nenhuma de nada disso, ele simplesmente se abandonou na mão do oleiro, e Deus fez.

Já são mais de 800 anos que pessoas e mais pessoas, se lançam ao seguimento de Cristo ao modo de São Francisco de Assis, e está muito longe o fim. Francisco foi a explosão de um átomo ainda na Idade Média, e deu início a uma reação em cadeia que perdurará até a eternidade. Praticamente uma bomba, com cores de manjedoura, barulho de calvário e força de e da eucaristia.

Feliz dia de São Francisco!

Mateus Garcia
Secretário fraterno

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

"Vocare" Encontro das crianças da catequese - 01/10/11

Na tarde do último sábado - 01º de outubro - foi realizado na paróquia São Judas Tadeu, um encontro com as crianças da catequese, onde as fraternidades de JUFRA e mini-JUFRA tiveram a oportunidade de transmitir um pouquinho de carisma franciscano.




 
Contamos com a animação do irmão Murillo (JUFRA) e com a alegre presença da jovem Larissa (coordenadora do grupo de jovens "Instrumentos do Senhor"), que com suas músicas, fizeram com que todos cantassem e dançassem.
Apresentamos algumas bandeiras com símbolos franciscanos, como a 'bandeira da fraternidade', a 'bandeira da ecologia', a 'bandeira do evangelho' e por último uma bandeira que mostra os frutos colhidos pela vivência do carisma.





 As bandeiras foram apresentadas de maneira intercaladas, mesclando-se a apresentação de um filme que conta a historia de São Francisco em desenho animado, um lanche com muita pipoca e refrigerante, e brincadeiras que que faziam menção a frases e pensamentos de nosso Seráfico Pai (como a prova das bexigas, jogo do canibal e o caça ao tesouro. Nesta ultima, testamos o condicionamento físico do irmão Mateus, que está preocupante!). No fim, todas as crianças foram premiadas, com pequeno brindes e brinquedos que foram arrecadados.




 Peçamos ao Senhor que, a exemplo do grão de trigo que caiu no chão e germinou a seu tempo, esse encontro possa da frutos para a mini-JUFRA...mas principalmente, para honra e gloria de Nosso Senhor Jesus Cristo. Amém!

 Jeniffer Aline Oliveira de Souza (Jeninha)



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"3" (de outubro)

"'Ó Alma santissima, em cujo passamento
acorrem os cidadãos do Céu.
Os coros dos Anjos exultam,
e a gloriosa Trindade convida dizendo:
- Permanece conosco para sempre!"
(Salmo do trânsito de S. Francisco)


"No fim do homem - diz o Sábio - suas obras serão desnudadas. Neste santo vemos que isso se realizou por completo, e gloriosamente." (2Celano 214, 1-2)

03 de outubro de 1226.
Vésperas.
Nas proximidades de Assis.

Um homem, que vinte anos atrás havia dado à Igreja um exemplo radical de vida evangélica, de vida dedicada à causa de Cristo, agora estava quase que irreconhecivel em meio aos irmãos que o cercava.
O que estava acontecendo?

Um homem que a principio parecia como um moribundo, q uase que entregue à morte, apresenta aspecto sereno e alegre.
"- Mas o que é isso?", indagavam os frades.Tal aspecto do "quase morto" deixava os presentes intrigados.
E quem era esse?
Só poderia ser o tal Francisco! O assissiense que, a exemplo de Cristo, até na morte foi motivo de escândalo entre os que ali estavam.

Ora, como poderia estar triste o homem que, em vida, contemplara as maravilhas do Senhor; o homem que carregara as marcas e sentira o amor e a dor do Cristo crucificado; e que por vinte anos se deixou levar pela força do Espirito Santo?

Como ele mesmo descrevera anos antes, era chegado o momento do grande encontro com a Irmã morte, da qual nenhum homem vivente poderia escapar.
Deitado sobre uma pedra, sem ter com que se vestir (mantendo assim sua fidelidade à dama Pobreza), voltava à forma com que inciara sua caminhada: nú. Assim como o "menino deus" nascera sem qualquer luxo e morrera envolta a farrapos, Fra n cisco procurou imitá-lo com perfeição.

Antes, partiu o pão com seus frades e os abençoou!
E, finalmente, seu corpo descansou no Senhor, e sua alma se precipitou diante do abismo da claridade divina.

Desse mesmo modo, somos convidados a celebrar com alegria o trânsito de Francisco para a vida eterna. Mas não é só um convite para uma celebração, muitas vezes, pomposa, e que tantas outras vezes nos serve sdomente para comemorarmos e confraternizarmos.Este é um convite maior, um desafio!
Nesta celebração somos desafiados a abandonar uma vez mais nossa realidade pecadora e nos "re-ligarmos" à nossa dimensão divina. Somos desafiados a nos alegrar com a morte, e entender sua função como portal para a verdadeira vida, que é a vida eterna. Somos desafiados a nos desnudar espitiritualmente e deixar transparecer, ao Senhor, tão somente o que somos.

Por fim, somos convidados a elevar ação de graças a Deus pela dádiva d e, durante algum tempo, desfrutarmos de presença tão divina (ainda que com feições humanas) entre nós!
Louvado sejas meu Senhor, pela vida de Francisco de Assis!

Assim seja, Amém!

Wendell F. Blois
subsecretario de formação