sexta-feira, 21 de outubro de 2011

"Pensamentos soltos em palavras: para que vocês possam entender o que eu também não entendo"

Li muitos livros sobre São Francisco. Aprendi muito nas reuniões da Jufra, e principalmente nas reuniões de formação. A Jufra se preocupa muito em formar os irmãos e, também, de informá-los. Temos irmãos autodidatas nas questões da vida franciscana - datas e lugares - como é grande a capacidade e facilidade com que eles abordam os temas. Há irmãos que não falam nada. Ficam quietinhos, 'na deles'. A disposição é outra: precisou? Nem precisa chamar, eles se oferecem. Para alguns irmãos, o 'quintal' de nossa casa já ficou pequeno. Tem que ir além, visitar outros 'quintais'. São para eles minhas orações, para que "não percam de vista seu ponto de partida", como já dizia Santa Clara. Na minha fraternidade tem até humorista, contador de 'causos', atleta, gente com dois "P", dois "L", dois "F"! A fraternidade Frei Leão não deve ser diferente das outras tantas fraternidades. Tenho certeza que nas outras, também há irmãos que ficam 'emburrados', que riem quando não podem, que ficam ' tirando som' da cadeira; irmãos que fazem monólogos intermináveis, que ficam indignados, e até os que ficam jurando que não vão voltar mais, e voltam felizes no sábado seguinte. Nenhuma palavra traduz melhor o significado de Fraternidade, como a palavra FAMÍLIA. Em pouco mais de dois anos de vida em fraternidade, não houve sequer um dia em que eu tivesse me arrependido de continuar na Jufra. E é com esperança que, aguardo o dia, em que as palavras e os exemplos que são tão falados em nossas reuniões, formações e encontros locais e regionais se tornem ação entre nós!Paz e Bem!



Jeniffer Aline Oliveira de Souza (Jeninha)

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Uma bomba atômica em plena idade média?

Do sonho de ser o maior cavaleiro, Francisco se fez um menor servidor. Dessa pequenez, Deus o fez grande!



Não imagino que Francisco tenha desistido do sonho de ser cavaleiro, acredito que apenas descobriu por quem realmente deveria lutar, e quais armas deveria utilizar. Quando Cristo foi preso pelos soldados romanos, Pedro tira a espada da bainha, mas Jesus a manda guardá-la. Pedro se tornaria a base da Igreja, e não era a espada sua arma de luta, a cruz deveria acontecer. Vejo essa mesma imagem em Francisco de Assis, que não só guarda a espada, mas a abandona, se reveste de uma nova armadura e se lança na luta pela paz.


Francisco adotou para si a humildade, a simplicidade, a pobreza, a obediência e sobretudo a graça de Deus para transformar a si mesmo. Pode parecer até um pouco egoísta, mas este era seu sonho, viver o que Cristo lhe propunha e com carinho chamava a viver. Mas, “como Cristo que atrai tudo para si”, Francisco começa a chamar a atenção de vários a sua volta. Para alguns é mais um louco, para outros heresia, mas para aqueles que tem olhos e vêem, Francisco é evangelho e o evangelho é Cristo em Francisco.


Essas atitudes que Francisco assumiu para si, eram as únicas armas de que dispunha para a revolução do bem que começou. Foi com discurso manso, voz profética e atitudes silenciosas, que rompeu e preencheu corações, não de suas palavras, mas daquelas que o Espírito Santo lhe inspirava. Era essa sua atividade, anunciar o evangelho com as palavras e com a vida, e depois voltar ao recanto silencioso onde pudesse em silêncio rezar ao Senhor.


É com essa humildade e simplicidade que ele vai falar com o sultão na cruzadas, prega e instaura a paz entre as autoridades de Assis, e resolvia qualquer problema entre os irmãos de uma família grande e numerosa que começava a surgir. Eram essas coisas tão simples que fizeram de Francisco de Assis o homem que conhecemos hoje. Um homem que não almejava nada grandioso, queria ser um verme, desde que estivesse servindo ao seu Senhor, e isto bastava. Está sim foi a primeira bomba atômica da qual se tem notícia. Um pequeno átomo que já na idade média, rompia-se a si mesmo. E como acontece quando se divide um átomo, ocorre uma reação em cadeia, e depois que o primeiro átomo se divide, outro se divide, e depois outro, e outro, e outro...

Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local
Fraternidade JUFRA frei Leão

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Jufra entrevista

O blog da fraternidade Frei Leão publica esta semana uma entrevista concedida pela irmã Mayara, subsecretaria nacional de formação (SNF). Confira o perfil da entrevistada:


Meu nome é Mayara Ingrid Sousa Lima, tenho 24 anos, sou bióloga e estou fazendo doutorado em Genética e Bioquímica na Universidade Federal de Uberlândia-MG, onde resido atualmente. Ingressei na JUFRA no ano de 2002, na fraternidade Irmão Sol em São Luís-MA. Desde então, tenho assumido alguns serviços, em nível local, regional e nacional, sendo que atualmente estou sendo subsecretária nacional de formação. Na OFS, fiz admissão em 2009 e estou terminando o tempo formativo, para então fazer a profissão definitiva.


Blog Frei Leão: Em que consiste, de fato, o trabalho da subsecretaria de formação a nível nacional (SNF)? Quais as dificuldades deste trabalho?

Mayara: Esta subsecretaria, em nível nacional, deve acompanhar e orientar a caminhada formativa de todos os regionais da JUFRA do Brasil, a fim de zelar pelo cumprimento das Diretrizes da Formação da JUFRA. Deve também, manter o contato direto com todos os formadores/as regionais. É função também elaborar subsídios formativos para JUFRA, dentro de uma perspectiva de formação integral: humana, franciscana, cristã e sócio-política. Deve preocupar-se em elaborar e participar de cursos e encontros. E claro, ter participação ativa na vida da fraternidade nacional. Quanto às dificuldades, é muito desafiador conseguir acompanhar, em todos os regionais, as etapas de formação, uma vez que temos uma pluralidade muito grande entre as regiões.


Blog Frei Leão: Em qualquer dicionário pode se ler, quanto ao significado da palavra 'formação', algo parecido com "Ato, efeito ou modo de formar, constituir, modo por que se constitui uma mentalidade, ou ainda, subsidio fornecido para a ação." A SNF trabalha com esta ultima definição? Até que ponto nossos atuais subsídios formativos são mais intelectuais ou mais propensos à ação?

Mayara: Com certeza, é prioridade para o secretariado nacional, construir um processo formativo que leve para ação. Nesse contexto, temos elaborados materiais, como por exemplo, o Caderno Nacional de Formação, que trás muito claramente essa preocupação, quando apresentamos uma diversidade de temas, idéias e espaços que retratam, por exemplo, as atividades práticas das fraternidades. Além disso, construímos um modelo de formação participativa, onde atualmente estão inseridos na equipe de formação, a Subsecretaria Nacional de DHJUPIC e Ação Evangelizadora, como estratégia de unir o formar e o agir.


Blog Frei Leão: A formação da juventude franciscana se completa através da interação da formação franciscana+formação cristã +formação humana. O que tem sido feito efetivamente, de modo a garantir a integridade formativa do jufrista?

Mayara: Primeiro, o acompanhamento dos regionais de forma mais próxima possível, o que tem sido feito através de reuniões online periódicas com os formadores/as regionais, como forma de sempre reforçar que as fraternidades devem trabalhar a formação, levando em consideração esse tripé. Segundo, pela publicação de materiais que deixem claro essa necessidade, por exemplo, o Caderno Nacional de Formação, sempre trás um texto para cada dimensão formativa: franciscana, cristã e humana. E terceiro, através das parcerias com outras subsecretarias que estejam mais especificam ente voltadas para uma das dimensões formativas.


Blog Frei Leão: Nós vivemos em um mundo cheio de contradições. Ser um jovem, religioso, franciscano em mundo tal como conhecemos (violento, dominado pelas drogas e pela falta de fé), pode ser uma dessas contradições! O que você pensa a respeito?

Mayara: Acredito que ser um jovem cristão, no mundo de hoje, é na verdade uma opção de vida para a juventude. Em um mundo marcado pelo individualismo, violência e pouca fé, trazemos conosco a responsabilidade de transmitir valores de fé, alegria, humildade e fraternidade, assim como fez Jesus Cristo e São Francisco de Assis. Ser um jovem franciscano é ser luz, sal e fermento para toda essa juventude que está tão sedenta de Deus. E quando fazemos isso, estamos nos contraponto a toda violência que fere a vida humana, especialmente os jovens e apresentando a proposta de vida que Jesus Cristo nos deixou.


Blog Frei Leão: "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível" São Francisco de Assis. Pensando nessa frase, o que é mais necessário neste momento para a Jufra? O que não é tão fácil, mas possível? E o que parece impossível para a Jufra?

Mayara: Essa é uma pergunta que sempre vem em minha mente quando estamos planejando as atividades da JUFRA, o que de fato é necessário para nós? Nesse momento, penso que é muito importante um resgate, em nossas fraternidades, de identidade e valores: disponibilidade/serviço; pertença/responsabilidade; confiança/ diálogo; ousadia/ inovação. É claro, que isso não é tão fácil, mas é possível, assim como também é possível a JUFRA abrir-se mais para expansão do nosso carisma entre outros jovens e em outros locais, atendendo o apelo missionário da Igreja. É também necessário que seja fortalecido, cada vez mais, o compromisso social da JUFRA. Se realmente vivemos o nosso ideal de vida, nada nos será impossível, pois assim como fez São Francisco de Assis, estaremos entregando nossas vidas nas mãos de Deus, e assim mesmo o “amargo” vai se tornar “doce”.


Blog Frei Leão: Perguntas curtinhas (o que lhe vem a cabeça aos pensar nestes personagens, ou alguma mensagem a qual eles a remetem).

a) Bento XVI: O nosso grande pastor... “Que nenhuma adversidade vos paralise. Não tenhais medo do mundo, nem do futuro, nem da vossa fraqueza. O Senhor lhes tem concedido viver neste momento da história para que, graças à vossa fé, seu nome continue ressoando por toda a terra” (Durante a jornada mundial da Juventude, em Madrid)

b) João Paulo II: Um santo homem, que conseguia transmitir Deus ao mundo com um simples olhar. Lembrar do papa João Paulo II, é pensar que “precisamos de Santos de calças jeans e tênis. Precisamos de Santos que estejam no mundo; e saibam saborear as coisas puras e boas do mundo, mas que não sejam mundanos”.

c) Frei Galvão: Um exemplo para todos nós franciscanos/as de dedicação aos irmãos/as. Um homem que dedicou sua vida a promoção da Paz, do amor e da Caridade.

d) Santa Rosa de Viterbo: O que mais me chama atenção na vida de Santa Rosa é a experiência de oração e devoção de uma menina tão jovem. Enquanto, a juventude é vista, por tantos, como a época da euforia, da falação. Rosa de Viterbo nos ensina que o primeiro caminho para o encontro com Cristo é a oração.

e) Santa Clara: A jovem Clara é um modelo de coragem, confiança em Deus e sabedoria. Somente alguém que se entrega a Deus teria a coragem que Ela teve de sair de casa para viver junto com um grupo de homens, numa época como a idade média. Uma frase que me chama muita atenção: “Nunca perca de vista seu ponto de partida”.

f) São Francisco de Assis: O jovem que viveu intensamente os ensinamentos de Cristo. Ele não quis apenas falar de Cristo, ou pensar Nele. Ele quis viver como Cristo viveu, na pobreza e na obediência a Deus.

g) Jesus Cristo: O fundamento do nosso caminhar, tudo que somos e tudo que fazemos é para seguir os seus ensinamentos. Ele é o caminho, a verdade e a vida.


Blog Frei Leão: Quais são suas expectativas para o Capítulo Geral da OFS que, pela primeira vez em quase 800 anos, acontecerá fora da Europa, e principalmente, para o encontro com os capitulares em Aparecida?

Mayara: Acredito que esse é um momento histórico para os franciscanos em todo o mundo. Uma oportunidade para que tantos irmãos/as possam conhecer mais de perto a riqueza da Igreja na América Latina. E demos graças a Deus, que o Brasil tenha sido escolhido para vivenciar esse grande momento de partilha. A Ordem Franciscana Secular, em nosso país, é com certeza uma opção de vida para tantos jovens e adultos nesse imenso Brasil. Com certeza, o encontro dos capitulares, aos pés de nossa Senhora Aparecida, será um momento único e marcante na vida de todos que estarão presentes e também para aqueles que estarão em comunhão pela força da oração.


Blog Frei Leão: Qual sua mensagem aos jufristas, já às vésperas das comemorações dos 40 anos da Jufra do Brasil?

Mayara: Gostaria de dizer aos nossos irmãos/as que estamos vivendo um momento único na história da JUFRA do Brasil, que todos/as possam sentir o vigor desse momento em suas fraternidades. Celebrar 40 anos de história é mergulhar na identidade do nosso movimento, reascendendo em todos o ardor e a alegria de ser um jovem franciscano. Que todos os jufristas possam viver esse momento, por que é realmente muito rico e emocionante. Celebrar esses 40 anos de história, nos deixa ainda mais convictos de que temos um compromisso de continuar levando esse ideal de vida a tantos e tantos jovens por esse imenso país. E que possamos nos encontrar, nos dias 28 a 30/10, na cidade de Guaratinguetá-SP, para celebrar com muita alegria e entusiasmo essa história. Preparem os corações!!!

Gostou?

Quer conhecer mais?

Confira: http://formacao-jufrabrasil.blogspot.com/

São Pedro de Alcantara


19/10 - São Pedro de Alcântara, OFM

Frei Pedro nasceu em Alcântara (Cáceres, Espanha) em 1499. Depois de completar seus estudos, em 1538 foi eleito Ministro Provincial da Província de São Gabriel. Durante o período em que foi ministro provincial redigiu para seus religiosos estatutos muito severos, aprovados no Capítulo de Placência, em 1540.
Pedro de Alcântara, com sua reforma, queria trazer de volta a Ordem Franciscana à genuína observância da Regra. Mediante a suma pobreza, a rígida penitência e um sublime espírito de oração alcançou os mais altos graus de contemplação e pode atrair numerosos franciscanos por aquele caminho de reforma que se propunha fazer reviver em seu século o franciscanismo dos primeiros tempos.
Foi confessor e diretor espiritual de Santa Teresa de Ávila e ajudou na reforma da Ordem Carmelita. Santa Teresa escreveu sobre ele: “Modelo de virtudes era Frei Pedro de Alcântara! O mundo de hoje já não é capaz de uma tal perfeição. Este homem santo é de nosso tempo, mas seu fervor é forte como de outros tempos. Tem o mundo a seus pés. Que valor deu o Senhor a este santo para fazer durante 47 anos tão rígida penitência!”.
Depois de uma grande atividade eremítica e apostólica, morreu em Arenas de San Pedro (Ávila), no dia 18 de outubro de 1562, aos 63 anos. Em 1622 foi beatificado por Gregório XV e, em 1669, foi canonizado por Clemente IX. Em 1826 foi declarado Padroeiro do Brasil.

O Padroeiro esquecido

Logo após a Independência, Dom Pedro I entendeu que o Brasil precisava ter um santo padroeiro oficialmente autorizado pelo Papa, embora ele, Dom Pedro I, já tivesse feito a consagração do Brasil a Nossa Senhora Aparecida, em Aparecida do Norte, em sua vinda de São Paulo para o Rio, logo após o 7 de Setembro. Assim, solicitou ao Papa que fizesse de São Pedro de Alcântara o Padroeiro do Brasil, tendo o Papa concordado. Com a proclamação da República, São Pedro de Alcântara foi discretamente esquecido, provavelmente porque seu nome lembrava o dos imperadores e, além disso, mostrava o quanto havia de positiva ligação entre o Império e a religião. Porém, seu nome ainda continuou, por muito anos a ser lembrado nos missais mais tradicionais.

terça-feira, 18 de outubro de 2011

"6"

"Absolutamente íntegro na fé católica e destinado a receber uma missão apostólica, sempre teve a maior reverência para com os ministros de Deus e os seus ministérios." (2Celano 8,7)

Francisco, homem católico.
Em meio a uma sociedade repleta de 'hereges', Francisco apresenta seu ideal: "Viver em plenitude o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Mas 'onde' Francisco teria espaço para viver desse modo?
A Igreja a que pertencia parece um tanto quanto indiferente às questões evangélicas, e até mesmo distante dos propósitos de seu fundador (Cristo) e dos apóstolos que a edificaram. Como manifestar então, tal ideal em um meio, aparentemente, nada propício?

Não é propriamente Francisco, ou algum de seus irmãos, que pensam e prometem fidelidade à Igreja Católica. Tampouco padres, bispos ou cardeais contemporâneos, mais propensos a julgar o ideal do assisiense como heresia ou blasfêmia, a crer que tudo isso era um fruto divino.

É Deus!
É ele que faz com que Francisco prometa por si e pelos seus, presentes e futuros, a Santa Obediência à Madre Igreja.

Boatos, intrigas, acusações, escândalos, horrores e muitos outros aspectos negativos da história da Igreja, pela qual professamos nossa fé ("Creio na Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica"), poderíamos ainda elencar.
Contamos com líderes que trocaram seu fano (veste papal) por uma armadura. O barrete (chapéu) pelo elmo do guerreiro. A férula (cajado papal) pela espada.

Frente a isso, por que nós, franciscanos, permanecemos 'fiéis' à Igreja?
Alguns poderão facilmente concluir:
- Ora, Francisco lhe prometeu fidelidade!

É muito mais do que isso, meus irmãos! Francisco não se compromete apenas com a realidade da Igreja de seu tempo, se compromete também, com toda a conjuntura da mesma, seja qual for seu líder (Joões, Inocêncios, Gregórios, Paulos, Honórios ou Bentos), sua origem (italiano, polonês, alemão, japonês, brasileiro etc.) ou suas atitudes (aspecto de vovô bonzinho ou politico inveterado).
Francisco se orienta por este raciocínio:
A Igreja é mantida pelo Pai, tendo como base o próprio Filho e guiada pelo Espirito Santo.

É isso que enche os olhos de Francisco... a beleza constitutiva da Igreja. É por isso que se entristece ao peregrinar em Roma e não notar homenagens dignas ao Príncipe dos apóstolos, Pedro! E por isso, decide repartir o que tem em mãos entre os pobres e a tumba do Santo. Presta homenagem altiva ao apostolo. Com sua generosidade, escandaliza os que o cercam.

E assim, também nós, devemos manter nossa fidelidade à promessa do Seráfico Pai, não apenas por uma mera tradição, mas crentes de que ninguém se senta no 'trono do pescador' se não o for digno. Não são os homens que o elegem, mas o próprio Deus que propõe e núpcias entre o novo papa e a Igreja.

Peçamos a Deus, por intercessão de Francisco, para que Ele aumente nossa fé de modo a não vermos mais na pessoa do papa ou na instituição da Igreja, feições humanas ou um amontoado de tijolos. Mas sim, presença viva D'aquele a quem o Seráfico Pai prometeu tão solenemente ser fiel!
No 2011º ano da natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo;
No 788º ano da aprovação da Regra Bulada dos Frades Menores, pelo papa Honório III, em que Francisco prometeu obediência;
E no 6º ano do pontificado de Sua Santidade, o papa Bento XVI, no qual dirigimos nossa fidelidade atualmente pela Santa Madre Igreja de Roma.

Assim seja, Amém!


Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação

(Dedico essas linhas ao irmão Murillo, meu irmão de fraternidade e editor deste blog, que apresenta um interesse significativo sobre história da Igreja, seus dogmas, ritos e preceitos. Dedico também a Frei Carlos Marchioni, OFM, meu pároco, que completou neste último sábado [15/10] 25 anos de serviço e fidelidade à Igreja).

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Editorial - 17/10/2011

Caro leitor.

Iniciaremos hoje uma nova coluna em nosso blog, o Editorial. Fui instigado por irmãos, que a esse colaboram, a abrir uma linha de reflexões sobre temas cotidianos.

Vale lembrar que parto de opiniões próprias, formadas ao longo de minha caminhada cristã e franciscana. Talvez nem sejam tão próprias assim, mas sim verdades escancaradas que teimamos tapar o sol com peneira e negligenciá-las para que o peso não recai sobre nossos ombros. Por isso é muitíssimo valido seu comentário em cada post, seja no blog ou no Facebook.

Ontem, dia 16/10 "foi" comemorado o dia mundial da alimentação. Mas o que é comemorar? Segundo o Wikcionário significa "trazer a memória". Esse dia foi criado em 1981 pela FAO. O objetivo era simples e aqui ponho de forma direta: acabar com a fome no mundo. A data existe há 30 anos e... bom.

Antes de continuarmos esse reflexão assista ao vídeo abaixo.



Você agora se pergunta: "A onde ele quer chegar com isso?"

É simples. Quando criaram a FAO e a data, queriam acabar com a fome. Mas isso é o que se escreve na mascara da sujeira. Por traz dela há o simples interesse econômico do aumenta da produtividade e vejam como nossa produção subiu. Hoje o Brasil é líder em produção e solução agrícula. Conseguimos produzir em qualquer solo, clima, altitude. Denominam-nos celeiro do mundo. Parcialmente o objetivo foi atingido, mas a fome continua. O triste é que mesmo no Brasil, um dos líderes em produção do 1º setor, pessoas passam fome.

Eis agora o fato. Sabe como se acaba com a fome?

Eliminando os desperdícios. Partilhando o prato de comida que tem na mesa.
Um tomate alimentou alguém na Ilha das Flores. Mas veja como o ser humano é levado a situação de indignidade, a condição deplorável. É necessário alguém competir com porcos? Não seria mais fácil a partilha que chegarmos a essa situação? E o tomate é só exemplo.

Afirma o vídeo: "Deus não existe"
De fato, onde não há a prática do amor e sim do egoísmo, ou melhor, do egocentrismo, da avareza, do comodismo não existe sinais de Deus. Mas esteja certo que aquelas pessoas sim encontram Deus e agradecem todos os dias, por ao menos terem comida de porcos naquele dia. Agradecem e louvam a Deus por não morrerem de fome. Eles são alimentados pela esperança de melhoras. Pela esperança de mudanças.

E de onde deverá vir as melhoras?
Não espere da política e sim de suas atitudes.
Cristo multiplicou sua comida e a fez sobrar - Mt 15. Também recebemos uma ordem clara Dele : "Quando ajudar um pequenino foi a mim que ajudaram" - Mt 25, 40

A esse parágrafo quero relembrar uma homilia onde o padre dizia: "Como é bom estar na fila dos que doam. Triste é estar na fila dos que pedem."

Finalizo, caro leitor, dizendo: "Comemore o dia da alimentação, não pensando em quem devo apontar meu dedo hoje, mas sim olhando para seu irmão e se sentir feliz porque ajudou saciar um faminto." Traga a memória que você é cristão e conhece a verdade. O dia foi criado por "grandes", mas são os pequenos de Deus que mudam o mundo.

Paz e bem

Murillo Torres Lopes
subsecretário de mini, micro e infânto-franciscanos