sexta-feira, 9 de novembro de 2012

SALVEM OS ÍNDIOS GUARANI KAIOWÁ




É um discurso todo forjado e maquiado de hipocrisia. Vemos tantos políticos defendendo em seus discursos a Constituição Federal como a Lei Pétrea, sob a qual se fundamentam os direitos e os deveres do povo brasileiro. A constituição se torna a grande defensora dos interesses particulares e coletivos, pois determina as ações e limita o livre poder. Mas o que ocorre de fato, são mandos e desmandos em nome do dinheiro, pelo qual acham brechas e fendas na constituição federal para favorecer uns poucos, em detrimento ao direitos “inalienáveis” de outros. 

Não pretendo de modo algum desmerecer a Constituição Federal, ela é sinal da liberdade e da democracia alcançada com suor e sangue de muitos no passado, mas o que vemos hoje em muitos casos, são pessoas inescrupulosas que mancham, mas com sangue impuro, esses avanços e a própria constituição. Escrevo estas linhas com os olhos fixos na situação dos índios Guarani Kaiowá, que sofrem o abandono e o esquecimento do governo. Ao tratar ‘Da Ordem Social’ no capítulo VIII, a Constituição Federal é muito clara e diz o seguinte: 

 “Art. 231. São reconhecidos aos índios sua organização social, costumes, línguas, crenças e tradições, e os direitos originários sobre as terras que tradicionalmente ocupam, competindo à União demarcá-las, proteger e fazer respeitar todos os seus bens.” 

E ainda afirma:

§ 4º - As terras de que trata este artigo são inalienáveis e indisponíveis, e os direitos sobre elas, imprescritíveis



 Mas até que ponto vale de fato a Constituição Federal? Até onde essa lei será respeitada? Alguns fazendeiros e latifundiários, buscando a expansão de suas terras, ocupam áreas que pertencem aos povos índigenas, mas em muitas vezes falta a ação do governo em aceitar a sua própria constituição e assim, os direitos dos índios. A FUNAI vem desenvolvendo seu trabalho, mas esbarra na falta de aceitação de seus trabalhos na defesa dos índios. Parece um discurso em defesa dos que talvez chamemos de mais fracos, mas não o é. Este texto tem simplesmente a intenção de fazer com que tomemos consciência, de que aqueles que nos precederam nesta terras brasileiras, hoje encontram-se marginalizados em nome do dinheiro. Hoje são eles, amanhã pode ser qualquer um de nós, que expulsos de nossas casas, de nosso lugar de origem, somos obrigados a viver como alguém acha que devemos viver. Tomemos consciência, e cobremos de nossos políticos, respeito a Constituição Federal e respeito ao povo e a história desta nação.

 Só isso, respeito. 

 Fraternalmente 

 Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local