sexta-feira, 30 de dezembro de 2011

FRANCISCO ... TÃO POPULAR QUANTO MARIA OU JOSÉ!(É FANTÁSTICO)

Na edição do dia 25/12/2011 o programa Fantástico, da TV Globo, exibiu uma matéria muito interessante: levantando os dados de uma determinada porcentagem da população brasileira, na média, os nomes mais comuns, de maneira simples ou composta, são os nomes dos pais de Jesus: Maria e José!
Porém, em alguns estados do Nordeste brasileiro, destaca-se a quantidade de pessoas que, distoando da predominância nacional, foram batizadas/registradas com o nome de outro santo: Francisco ( ou seu correspondente feminino: Francisca)
É bem interessante esse fato, e podemos levantar até uma hipótese em torno dessa questão.
O fato da imensa devoção desse povo, a ponto de dar nome lá nos princípios de nossa colonização, ao principal rio daquela região, e que leva a esperança àquele povo, com o nome do santo de Assis, com certeza tem muita relevância.

São franciscanos!
Independente do hábito ou da profissão religiosa. Mas sim, da imensa fé que depositam em Deus, que se manifestou tão sublimemente em São Francisco de Assis, e que o invocam sobre seus filhos tendo-o como patrono e protetor na pia batismal.

Paz e bem!


FRANCISCO DE ASSIS É DESTAQUE NA 'MISSA DO GALO'!

É claro que o título dessas linhas, a principio pode parecer um tanto quanto exagerado, pois na noite de Natal o grande e verdadeiro destaque só pode ser para o menino Deus, Jesus, que nasce para a nossa salvação.
Mas, devido à ênfase dada pelo papa Bento XVI em sua homilia, durante a 'missa do galo', em torno de São Francisco de Assis e sua invenção, o presépio, nos permite entitular essa linhas de tal forma.
Confira um excerto da homilia logo abaixo:


"[...]
Natal é epifania: a manifestação de Deus e da sua grande luz num menino que nasceu para nós. Nascido no estábulo de Belém, não nos palácios do rei. Em 1223, quando Francisco de Assis celebrou em Greccio o Natal com um boi, um jumento e uma manjedoura cheia de feno, tornou-se visível uma nova dimensão do mistério do Natal. Francisco de Assis designou o Natal como «a festa das festas» – mais do que todas as outras solenidades – e celebrou-a com «solicitude inefável» (2 Celano, 199: Fontes Franciscanas, 787). Beijava, com grande devoção, as imagens do menino e balbuciava-lhes palavras de ternura como se faz com os meninos – refere Tomás de Celano (ibidem). Para a Igreja antiga, a festa das festas era a Páscoa: na ressurreição, Cristo arrombara as portas da morte, e assim mudou radicalmente o mundo: criara para o homem um lugar no próprio Deus. Pois bem! Francisco não mudou, nem quis mudar, esta hierarquia objectiva das festas, a estrutura interior da fé com o seu centro no mistério pascal. Mas, graças a Francisco e ao seu modo de crer, aconteceu algo de novo: ele descobriu, numa profundidade totalmente nova, a humanidade de Jesus. Este facto de Deus ser homem resultou-lhe evidente ao máximo, no momento em que o Filho de Deus, nascido da Virgem Maria, foi envolvido em panos e colocado numa manjedoura. A ressurreição pressupõe a encarnação. O Filho de Deus visto como menino, como verdadeiro filho de homem: isto tocou profundamente o coração do Santo de Assis, transformando a fé em amor. «Manifestaram-se a bondade de Deus e o seu amor pelos homens»: esta frase de São Paulo adquiria assim uma profundidade totalmente nova. No menino do estábulo de Belém, pode-se, por assim dizer, tocar Deus e acarinhá-Lo. E o Ano Litúrgico ganhou assim um segundo centro numa festa que é, antes de mais nada, uma festa do coração.
Tudo isto não tem nada de sentimentalismo. É precisamente na nova experiência da realidade da humanidade de Jesus que se revela o grande mistério da fé. Francisco amava Jesus menino, porque, neste ser menino, tornou-se-lhe clara a humildade de Deus. Deus tornou-Se pobre. O seu Filho nasceu na pobreza do estábulo. No menino Jesus, Deus fez-Se dependente, necessitado do amor de pessoas humanas, reduzido à condição de pedir o seu, o nosso, amor. Hoje, o Natal tornou-se uma festa dos negócios, cujo fulgor ofuscante esconde o mistério da humildade de Deus, que nos convida à humildade e à simplicidade. Peçamos ao Senhor que nos ajude a alongar o olhar para além das fachadas lampejantes deste tempo a fim de podermos encontrar o menino no estábulo de Belém e, assim, descobrimos a autêntica alegria e a verdadeira luz.
Francisco fazia celebrar a santíssima Eucaristia, sobre a manjedoura que estava colocada entre o boi e o jumento (cf. 1 Celano, 85: Fontes, 469). Depois, sobre esta manjedoura, construiu-se um altar para que, onde outrora os animais comeram o feno, os homens pudessem agora receber, para a salvação da alma e do corpo, a carne do Cordeiro imaculado – Jesus Cristo –, como narra Celano (cf. 1 Celano, 87: Fontes, 471). Na Noite santa de Greccio, Francisco – como diácono que era – cantara, pessoalmente e com voz sonora, o Evangelho do Natal. E toda a celebração parecia uma exultação contínua de alegria, graças aos magníficos cânticos natalícios dos Frades (cf. 1 Celano, 85 e 86: Fontes, 469 e 470). Era precisamente o encontro com a humildade de Deus que se transformava em júbilo: a sua bondade gera a verdadeira festa.[...] Devemos seguir o caminho interior de São Francisco: o caminho rumo àquela extrema simplicidade exterior e interior que torna o coração capaz de ver.[...]"



Bento XVI
Cidade do Vaticano, à meia noite de 25 de dezembro de 2011 

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Na Eucaristia

E não será possível explicar em qualquer que seja a humana forma de descrever fatos ou ideias, aquilo que de fato é o tema de hoje!
NA EUCARISTIA!

Realmente, o dicionário define eucaristia como "ação de graças", mas Eucaristia enquanto Corpo e Sangue de Nosso Senhor Jesus Cristo, serão sempre fatos sem uma explicação humana.
Por mais que se tente definir como o alimento da alma,pão dos anjos, alimento perfeito, sagrada refeição, estas serão apenas definições humanas daquilo que é visível aos olhos, através da comunhão eucarística que como disse Francisco de Assis, "nasce diariamente pelas mãos do sacerdotes no sacrifício do altar".

Aquilo que nós vemos, realmente é possível explicar, é algo que todos veem, e em comunidade se sente e participa. Mas continuará eternamente sem resposta, o que acontece no mais profundo do 'eu' humano, ao participar do banquete da eucaristia. A celebração eucarística, enquanto celebração publica dos mistérios da fé, guarda em profundo silêncio o que ela proporciona a cada indivíduo que participando, comunga de Jesus eucarístico. É Deus que desce do céu, se transubstancia no altar, e desce novamente as escadas do altar para nos encontrar no meio da assembleia. Ai começa toda a parte mística e inexplicável de um mistério fascinante. As palavras nunca serão suficientes para explicar o que acontece depois disso, é algo que cada um experimenta particularmente, e somente a alma pode responder a si mesmo a grandiosidade deste momento. A intensidade com que acontece tais fatos são imensuráveis. Se alguém é interrogado sobre o que é comungar o Corpo de Cristo, ouviremos respostas do tipo que é um ânimo novo, que se restabelece suas forças, e de fato é isso tudo, mas vai além de tudo isso. Ao ouvir estas respostas, você mesmo percebe que não é só isso, que é muito mais.
E outros irão de delongar em explicar o que acontece e novamente ainda não será o que de fato. Não conseguiremos uma resposta fechada, e com todas as respostas, e outros continuaram escrevendo, usaram analogias e continuaremos sentindo a falta de algo.
Desde aquela última ceia, até agora neste instante, onde em algum lugar do planeta Jesus desce ao pão, a Eucaristia continua a fazer e realizar aquilo que não se consegue explicar. Foi o alimento de Pedro, de Paulo, de Estevão, Barnabé, Tiago, Lucas, Maria Madalena, João, de Maria, - aquela que primeiro gerou este alimento, Marcos, Timóteo, Tito, Judas, Francisco, Clara, Rosa, Isabel, Luis, Rita, Catarina, Sebastião, Geraldo, Serapião, Maximiliano, Bruno, Benedito, Galvão, Karol Wojtyla...

Este texto encerra a sequência de "Francisco de Assis: Uma bomba atômica na Idade Média", cujo último tema como perceberam foi eucaristia, mas só será possível entender o valor e o poder da eucaristia na vida de Francisco, ao começar a compreender o que ela pode causar na vida de cada um, mas isso não seria possível escrever. Como maneira de tentar desvendar tais mistérios, somos chamados a olhar para a vida de tantos santos e santas da Igreja, não somente para aquilo que escreveram e a traça corrói, mas para aquilo que suas almas expuseram através da vida e que dinheiro nenhum compra, ciência nenhuma explica e palavra nenhuma descreve.

Eucaristia não faz isso ou aquilo. É como Deus na sarça ardente enviando Moisés a libertar o povo da escravidão do Egito:

"EU SOU aquilo que sou!"
Ex 3,14

E nada mais.



Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

"12"

"Que mastigue esterco essa língua que soltou veneno da ira em cima do meu irmão." (2Celano 155,6)

Já a algumas semanas venho destacando trechos da biografia de São Francisco, escrita por Tomás de Celano que, para aqueles que pensam que a vida de nosso Serafico Pai se resume a seu carinho pelos animais e seu zelo pela paz, deve ter causado algum escândalo algumas de suas recomendações mais duras aqui comentadas.
E, principalmente, as admoestações acerca do modo de vida e a humildade de seus frades. Assim também é o excerto de hoje!
Francisco se preocupa com o crescimento de sua familia espiritual. O Espirito Santo chama e acalenta muitos homens e mulheres a se inspirarem no assissiense, aproximando-se da divindade enquanto seres imperfeitos. As obras feitas e o testemunho dado pelos primeiros irmãos apontam um lastro que não poderia ser outro: o divino!
Mas com o rápido crescimento do "movimento de Assis, a humanização se difundiu por toda a ordem, com todos os seus aspectos positivos e negativos, ainda que ela ainda estivesse intimamente instruida pelo Espirito. Nesse sentido, algumas caracteristicas irritam em demasia a Francisco, destacando principalmente, os frades que por algum motivo discutiam ou axincalhavam outros irmãos. Via nesses frades um potencial muito grande para difamar a obra que Deus operada em toda a Ordem, por meio de palavras vãs.
Como mudar essa situação? Como admoestá-los de modo a livrar seus irmãos da impureza e do pecado?
Francisco foi um santo que sempre se inpirou nas sagradas escrituras. Penso que nesse caso poderia ter se inspirado no Serafim que, para purificar os lábios do profeta Isaias de toda maledicência, impôs sobre seus lábios um pedaço de brasa ardente (cf.Is. 6,6-7). Talvez esse exemplo fosse duro demais para os frades, e se o ensinamento a ser dado remetia-se à humildade, nada seria tão objetivo e concreto do que impor ao frade 'infrator' uma porção de esterco para que fosse mastigado.
Como já vimos, a formação da palavra humildade está diretamente ligada ao termo húmus, dejeto animal ou humano (esterco), ou à habilidade de se colocar/posicionar como tal.
É claro que hoje não precisamos mastigar esterco de modo a penitenciarmo-nos em função de nosso erros e maldizeres. Mas que o exemplo empregado por Francisco nos sirva para não irmos contra o testemunho de vida o qual nos propomos a dar enquanto seus seguidores.
Que Deus não permita que lancemos de palvras 'não-edificantes' para com nossos irmãos, não somente com nossos lábios, mas também em nossos pensamentos e no coração. Assim, poderemos viver a alegria daqueles que, seguindo os passos de Francisco de Assis, bendizem a Deus pela graça de partilhar a vida fraternalmente como irmãos!

Paz e bem!

Wendell Ferreira Blois
sbsecretário de formação

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segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

O presépio de São Francisco ... É FANTÁSTICO!

A história do primeiro Presépio da história, de São Francisco de Assis.

São Francisco de Assis, em plena Idade Média, encenou em Greccio, cidade italiana, o nascimento de Nosso Senhor Jesus Cristo, originando assim algo um pouco diferente do que conhecemos hoje, mas ainda os primeiros presépios do Natal Cristão.
Grupos realizam essas encenações até os dias de hoje, como mostra a reportagem.
Matéria originalmente exibida no dia 25/12/2011, no Fantástico, pela Rede Globo.

DESTAQUE DA SEMANA

Nem esta coluna, tampouco este blog, tem a intenção de lançar criticas à Igreja, à sociedade, ao governo ou a outros seguimentos de nossa sociedade. Mas há momentos em que se faz necessário levantarmos nossa voz frente a injustiças e/ou calunias que, vez ou outra, vão contra nossos ideiais e convicções. E é nesse sentido que escrevo o destaque da semana.
Durante a semana passada, através da internet e das redes sociais, repercutiu determinada crítica à reportagem em que a Rede Record de televisão, por meio de sua afiliada do Rio de Janeiro, incita a opinião publica a se colocar contra a realização da Jornada Mundial da Juventude. Esse encontro, que contará com a presença do papa Bento XVI, se realizará em julho de 2013.
A emissora em questão, como é de conhecimento de todos, é o principal veículo de comunicação e divulgação da IURD (Igreja Universal do Reino de Deus), e que nos últimos meses, por meio de seu departamento de jornalismo, tem veiculado notícias sensacionalistas contra outras correntes protestantes e pentecostais. E, aparentemente, a metralhadora difamadora desse grupo religioso-comunicacional, pretende fazer dessa Jornada um alvo potencial.
Tudo começou quando determinada deputada estadual enviou à Assembléia Legislativa do Rio de Janeiro, um projeto de financiamento parcial para a Jornada. Acredito que essa não seja a melhor definição para o projeto da deputada, mas deixemos o titulo do mesmo e tratemo-lo com mais objetividade.
Certo telejornal da Rede Record tentou utilizar desse fato para manobrar a opinião pública, dizendo que o projeto da deputada era demasiadamente infundando e inconstitucional, pois atenderá uma demanda de uma parcela específica da população: a católica.
Não sou um 'expert' nas estatisticas desse evento, mas segundo alguns números e comparações de Jornadas anteriores, este encontro pode reunir uma quantidade de peregrinos/turistas maior que a Copa do Mundo e os Jogos Olimpicos juntos.
O que isso tem haver com o assunto?
Ora meus amigos, alguém conhece um outro especime de nossa sociedade que consuma produtos, serviços, ou outros bens de consumo, em maior quantidade do que os turistas? Ou, seja, as oportunidades econômicas geradas em torno desse evento são tão grandes ou maiores do que o 'Reveillon' ou o Carnaval cariocas.
E sobre a inconstitucionalidade do projeto?
Que eu saiba, o turista que vai ao Rio não escolhe se vai comprar um lembrancinha de um comerciante católico ou de um protestante. Concluindo, o departamento de jornalismo da Rede Record jogou na 'vala rasa' seus argumentos.
Sem esquecer que, o apoio que a deputada solicita, nem de longe se compara aos milhões que serão empregados nos eventos esportivos.
Afinal, para quem vai o destaque da semana?
Para a mediocridade da Rede Record, e sua pretensão de nos considerar idiotas o suficiente para crermos ou levarmos a sério suas acusações infundadas.

Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação