Não imagino que Francisco tenha desistido do sonho de ser cavaleiro, acredito que apenas descobriu por quem realmente deveria lutar, e quais armas deveria utilizar. Quando Cristo foi preso pelos soldados romanos, Pedro tira a espada da bainha, mas Jesus a manda guardá-la. Pedro se tornaria a base da Igreja, e não era a espada sua arma de luta, a cruz deveria acontecer. Vejo essa mesma imagem em Francisco de Assis, que não só guarda a espada, mas a abandona, se reveste de uma nova armadura e se lança na luta pela paz.
Francisco adotou para si a humildade, a simplicidade, a pobreza, a obediência e sobretudo a graça de Deus para transformar a si mesmo. Pode parecer até um pouco egoísta, mas este era seu sonho, viver o que Cristo lhe propunha e com carinho chamava a viver. Mas, “como Cristo que atrai tudo para si”, Francisco começa a chamar a atenção de vários a sua volta. Para alguns é mais um louco, para outros heresia, mas para aqueles que tem olhos e vêem, Francisco é evangelho e o evangelho é Cristo em Francisco.
Essas atitudes que Francisco assumiu para si, eram as únicas armas de que dispunha para a revolução do bem que começou. Foi com discurso manso, voz profética e atitudes silenciosas, que rompeu e preencheu corações, não de suas palavras, mas daquelas que o Espírito Santo lhe inspirava. Era essa sua atividade, anunciar o evangelho com as palavras e com a vida, e depois voltar ao recanto silencioso onde pudesse em silêncio rezar ao Senhor.

Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local
Fraternidade JUFRA frei Leão
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