sexta-feira, 28 de outubro de 2011

Qual Judas? O Tadeu?

“Vós, porém, caríssimos, edificai-vos sobre o fundamento da vossa santíssima fé e orai, no Espírito Santo.”

Por várias vezes este Judas foi esquecido, confundido com Judas Iscariotes, daí então surge a expressão Tadeu. Quando então se referiam a este Judas, o diziam Judas Tadeu, que quer dizer Judas “o bom”. E isto o diferenciou pelo nome do outro Judas. Mas grandes diferenças já existiam entre os dois, no apostolado. Judas Tadeu foi grande pregador do evangelho, andou por vários lugares anunciando, pregando e vivenciando as palavras de seu primo Jesus Cristo. Família que é evangelho e que evangeliza.

São Judas Tadeu também escreve aos cristãos, um livro que passa despercebido aos nossos olhos quando folheamos as páginas da Bíblia. Pra facilitar a localização, ele é o penúltimo livro da sagrada escritura, fica antes do Apocalipse de São João. A frase que esta em negrito foi tirada desse livro. É uma carta que convida a defender a fé, de forma a ter consciência da verdade escondida e publicada no Cristo, para que não pereçamos ao longo do caminho, seguindo a “lobos em pele de cordeiro”.

Foi a defesa da fé que fez Judas Tadeu receber a coroa do martírio. Teve seu corpo todo picado por não renegar a sua fé. E este foi mais um convite para que não deixemos nada nos impedir de ver o Cristo e segui-lo. Milagreiro ou não, são Judas Tadeu é exemplo de defesa da fé. Que possamos neste dia, renovar nosso compromisso, a luz de tão grandioso apóstolo e santo, com a construção do reino de Deus.

Como foi convidado no texto de ontem a plantarmos a paz, hoje é dia de colhermos os primeiros frutos. Que o apóstolo Judas Tadeu pelo seu exemplo nos encoraje a buscar e plantar a paz, como fez no início do cristianismo.



Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local
Fraternidade frei Leão

quinta-feira, 27 de outubro de 2011

São Francisco - LTDA

Você que é devoto de São Francisco: Agora você tem uma nova opção no mercado com a "SÃO FRANCISCO LTDA."


Aqui você sempre vai encontrar os melhores preços, seja em produtos, serviços, entre outros.

Tá reformando a casa? Não pense 2 vezes!


Vai trocar os móveis de casa? Aqui você encontra o "santo endereço da economia".


Resolveu fazer 'aquele' almoço 'esperto'? Vamos às compras!


Precisa de legumes e verduras frescas? Nós temos a melhor opção!

Xiii! Voltou das compras e ainda esqueceu de comprar o 'refri'? Nada como ter uma vendinha na esquina!

Se você faz o 'tipo' intelectual e quer ler algo a tarde, nós temos uma sugestão:

Olha a gula! Já tá pensando no lanchinho da tarde? Não têm problema!

Fim-de-semana chegando e você não quer mais saber de fogão?

Sábado de manhã ... dia de cuidar dos animais de estimação!

Você gosta de boa música? Olha a nossa sugestão!

Vai sair sábado a noite e não têm condução própria? Deixe com a gente!

Resolveu deixar essa vida de 'lotação'? Por que não falou antes?

As melhores opções da noite: Você encontra aqui!
Quer diversidade de opções? Temos até um shopping!

Quer curtir um 'show'? Os ingressos estão na mão!(Não garatimos a qualidade da música)

Tá com pouco dinheiro, desempregado, mas quer conhecer um barzinho legal? Quem disse que não dá?

Domingão chegou! Vamos ver o que tem na TV?

Nem Corinthians nem Flamengo? Temos uma nova camisa pra você!

Depois de um feijoada + salada de repolho + maionese + tubaina natural sua sogra passou mal? Acho que não vai ter jeito, mas nós ainda temos uma opção!



(Brincadeiras a parte, este 'post' tem o objetivo de mostrar a amplitude da devoção do povo e a popularidade de São Francisco em nosso cotidiano. Aguardem os próximos!)

Rezemos por nossa Irmã Rita Salgado - OFS

Hoje rezamos pela irmã Rita Salgado que passará por uma cirurgia de redução de estomago. Irmã, que Deus esteja convosto. Que ele te permaneça firme, cheia de vida, com luz na fé e na vocação. Rogamos a S Lucas para que interceda e possa encher de graça os médicos que te vão operar e que seus santos anjos te proteja nas tentações e ciladas do inimigo. Assim seja. Amém.

Especial da Paz de Assis

E o discurso da paz começou desde que o homem começou a povoar a Terra. Muitos se dispuseram a lutar por ela, outros tantos morreram buscando-a, grandes pensadores falaram a seu respeito, discutiram e grandes guerras foram travadas lutando pela paz. Pode parecer estranho guerras pela paz, mas no fundo a intenção era essa: a paz. Talvez o grande problema estivesse na intenção de cada um pela paz; cada um queria a sua paz, a seu modo e jeito. Nenhuma dessas tentativas foram perdidas, todas elas conduziram para os trabalhos que se alcançam e se fazem hoje. Como dizia Chiquinha do seriado Chaves: “A discussão conduz a luz”.  
Vários caminhos foram e são trilhados até hoje neste grande sonho. Dos grandes eventos, aquele que ocorreu em Assis em 27 de outubro de 1986 é de se lembrar e reviver de maneira muito especial. No início daquele ano o papa João Paulo II convidava representantes de todas as religiões para irem aquela pequena cidade, onde viveu Francisco de Assis, na universalidade de sua vocação, para que juntos rezassem pela paz. O papa não pretendia propor nenhum encontro católico com participação de outras religiões, mas sim um encontro onde cada um pudesse permanecer confortavelmente com sua própria fé, mas pudesse em comum rezar, jejuar e defender a paz no mundo. Aquele foi um grande encontro que marca a vida da Igreja e do mundo na busca pela paz. São indícios de uma paz que não nasce pelo massacre da verdade do outro, mas sim pelo respeito à realidade e a liberdade do outro. 
Francisco de Assis experimentou isso quando foi visitar o Sultão; mesmo sabendo dos riscos se pois a caminho, e respeitando o pensamento do sultão, que também é criatura de Deus, - e se Francisco via a mão de Deus em tudo, também soube ver nele a graça divina, faz uma profunda experiência de algo que mais tarde viria a se chamar tolerância. Respeito que nasce da contemplação de Deus no outro, independente de qualquer coisa. 
Hoje, 25 anos depois Bento XVI refaz os caminhos de João Paulo II, e retorna a Assis, junto com representantes de várias religiões para rezar pela paz. É nosso compromisso enquanto cristão e especialmente os franciscanos, assumir este dia como um dia de rezar pela paz, de buscar a paz, de plantar a paz, em todas as situações pelas quais passarmos, para que amanhã, digo amanhã mesmo, dia 28 de outubro, já possamos colher alguns frutos, pegar as sementes e plantá-las de novo, e assim sucessivamente. E que daqui a um ano, novamente no dia 27 de outubro, possamos olhar para trás e encontrar várias árvores de paz que plantamos ao longo do caminho. Comecemos hoje, hoje mesmo, compromisso com a paz que está gravado em cada coração e que precisa sair da clausura, irmanar-se em nossas atitudes, e modificar a história de guerra pela paz, por paz pela paz. 
Como já diz o manifesto da Juventude Franciscana: “O mundo cabe a nós salvá-lo ou perdemo-nos com ele!” 

Hoje sobretudo, PAZ e Bem 

Mateus Agostini Garcia 
Secretário Fraterno Local 
Fraternidade frei Leão

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Jufra entrevista


O blog da fraternidade Frei Leão publica nesta semana uma entrevista muito especial e repleta de detalhes, com o irmão Jackson, ex-secretário fraterno da Jufra do Brasil. Confira o perfil do entrevistado:

Me chamo Jackson dos Santos Barbosa, tenho 29 anos de idade, sou Economista e trabalho na Prefeitura de Fortaleza e no momento estou também cursando Geografia (Licenciatura), pela Universidade Federal do Ceará. Estou na JUFRA desde junho de 1998, quando ingressei na formação para iniciantes, fazendo meu compromisso de jufrista no mês de março de 1999. Já na OFS, estou desde o ano de 2003, tendo feito a profissão definitiva (perpétua) em abril de 2006.


Blog Frei Leão - Durante seis anos (2004-2010) você esteve a frente da Jufra do Brasil, como secretario fraterno nacional. Qual o balanço que você faz desse período? Quais os avanços alcançados? O que era meta do seu secretariado e, que de alguma forma, não foi possível alcançar?

Jackson - Foram seis anos de incansável trabalho, de aprendizado, de altos e baixos. Por ter feito parte do Secretariado Fraterno Nacional anterior (2001-2004), tinha uma noção do funcionamento do Secretariado e das realidades das Fraternidades Regionais, principalmente as fraternidades da Área Nordeste A, que estavam sob minha atribuição neste período, até 2004. Ao ser eleito Secretário Fraterno Nacional demos sequência aos trabalhos já desenvolvidos outrora e procuramos melhorar os pontos que precisavam de ajustes. Tivemos muitos avanços, principalmente no que tange a organização interna do Secretariado, o investimento na formação, pois acreditamos que ela é um dos pilares da caminhada franciscana. Publicamos vários livros (Iniciantes, FBJ, Micro Franciscanos e Mini Franciscanos), além de diversas apostilas. Investimos também na melhoria do nosso site, pois vivenciamos neste período uma transição do papel (real) para o virtual. A nossa presença (minha e de todo o Secretariado Nacional) nos Regionais foi fundamental, pois nos aproximamos mais dos (as) irmãos (as). Não usamos só o e-mail, MSN, Orkut (reconheço que essas ferramentas nos auxiliaram bastante), mas nos fizemos presentes em todos os Regionais da Jufra do Brasil por mais de uma vez. Como meta, a formação em todos os seus aspectos, estava em primeiro lugar, assim como a parte financeira, a comunicação, Infância, Micro e Mini Franciscanos e as mútuas relações com a OFS nos diversos níveis. Infelizmente, não foi possível alcançar ainda uma maturidade financeira, pois a Jufra depende muito ainda de doações. O Secretariado Fraterno Nacional investiu muito nesta parte, nesta formação e conscientização, que vem desde muito tempo. Porém, tudo começa na base, nas fraternidades locais através dos jufristas. Eles que fazem a Jufra, e são eles que devem fazer a Jufra funcionar, sustentando-a.


Blog Frei Leão - Depois desse período como secretario fraterno você ainda continua no secretariado nacional, agora coordenação internacional da Jufra. Entrevistando outros irmãos do secretariado, os mesmo afirmam ter alguma dificuldade em seus trabalhos devido à quantidade e diversidade das fraternidades que compõem a Jufra do Brasil. Como isso se verifica em seu trabalho? O que de fato consiste esse seu novo desafio?

Jackson - Bom, a Coordenação Internacional da Jufra é outra ferramenta de organização do movimento no mundo. Ela não é e não faz parte do Secretariado Fraterno Nacional. Assim como as fraternidades nacionais possuem seu Secretariado, a Jufra no mundo possui seu “Secretariado” chamado aqui de Coordenação Internacional. Durante os dias 23 a 30 de outubro de 2011, em São Paulo-SP, iremos definir quem ficará com quais funções dentro desta Coordenação, tendo como Coordenadora a irmã Ana Fruk (Croácia), Animadora Fraterna, Lucy Almiranez (Filipinas) e Assistente Espiritual o Frei Ivan Matic, OFM (Croácia). Bom, na coordenação, efetivamente ainda tivemos o trabalho de apresentação entre os membros, definição dos países (fraternidades nacionais) de nossa responsabilidade e comunicados internos. Portanto, este trabalho na coordenação internacional ainda não influenciou diretamente a nossa fraternidade nacional do Brasil.


Blog Frei Leão - Outra função para a qual você foi eleito, e trabalha atualmente, é a de Conselheiro Internacional da OFS para a Jufra da América do Sul. Aproveitando essa sua atribuição, qual é a relação concreta e/ou cotidiana entre as fraternidades nacionais além dos encontros periódicos?

Jackson - Aí sim, essa função já influencia diretamente nos trabalhos da Jufra aqui no Brasil e nos demais países da América do Sul. Mantemos um contato fraterno com todos os países, através de seus Delegados Internacionais e Secretários Fraternos (Presidentes) Nacionais. Acompanhamos os trabalhos desenvolvidos por estas fraternidades, direcionamos a caminhada, repassamos os informes vindo do CIOFS e procuramos orientá-los na devida execução dos mesmos. Temos também os encontros internacionais, como você bem citou. Além disso, procuramos ser mais um irmão que cuida, que se preocupa e ajuda na caminhada fraterna do outro.


Blog Frei Leão - Na sua caminhada você 'coleciona' participações em vários encontros como por exemplo: o 1º Encontro Internacional da Jufra do CONESUL em 2006(Mogi Mirim, Brasil) 2ª Assembleia Latino-Americana em 2008(Cochabamba, Bolívia), no 3º Encontro Sul-Americano em 2010(Santiago, Chile), Capítulos Eletivo e Avaliativo da OFS do Brasil, Encontros da Família Franciscana do Brasil, CONJUFRAS (Congressos nacionais da JUFRA) e CORJUFRAS (Congressos regionais da JUFRA). Qual a recordação mais marcante que você traz desses encontros?(qual o seu destaque?!).

Jackson - Acrescentaria ainda a Jornada Mundial da Juventude e Encontro Internacional da Jufra. Sem sombra de dúvidas, a recordação mais marcante é simplesmente o fato de saber que tenho irmãos (as) por todo o mundo e que estamos unidos por um mesmo ideal e por uma mesma fraternidade. Isto é muito impressionante, pois se você parar para pensar, verá que a Jufra está aqui, mas está também do outro lado do mundo. Isso é fascinante. Outra recordação que tenho é o reencontro. Graças a Deus tive a oportunidade de participar de inúmeros encontros, congressos, etc. e consegui fazer verdadeiras amizades e o fato de poder rever esses (as) amigos (as) e irmãos (as) é gratificante. Não irei enumerar aqui qual o evento mais marcante, pois cada um tem o seu devido significado na minha vida e caminhada.



Blog Frei Leão - Acreditamos que a sua fraternidade de Jufra local compartilhe de algumas reclamações que as demais fazem, quando tem entre seus irmãos algum que se dedique a trabalhos em outras esferas da organização da Jufra. Você já levou muitos 'puxões de orelha' da Jufra "Monte das Oliveiras” (diretas/indiretas - exemplo)? E como você harmoniza a sua dedicação entre Jufra, sua vida pessoal, e agora também como ministro da OFS local?

Jackson - Então, com certeza já levei esses “puxões de orelha”. Porém, os (as) irmãos (as) são muito compreensíveis nesse sentido, pois eles (as) sabem que estamos a serviço do Reino de Deus, através do trabalho nas diversas esferas da Jufra. Algumas vezes fui exortado pelos (as) Secretários (as) Locais da minha fraternidade e sempre expus minhas justificativas com antecedência. E claro, havendo um intervalo nos compromissos e nas viagens, sempre me fiz e me faço presente nas reuniões da fraternidade. Tinha uma sistemática de estar, ao menos, dois encontros por mês na fraternidade, de modo que houvesse o vínculo com a mesma. Sobre harmonizar as diversas atividades com a minha vida pessoal foi um desafio no inicio, mas com o passar do tempo, “tira-se de letra” tudo isso. A OFS, no momento, está me “tomando mais tempo”, pois exercer a função de Ministro Local é de tanta responsabilidade assim como estar a serviço na Jufra. E na medida do possível, procuro sempre cumprir as atividades a mim confiadas, por força do cargo ou pelas necessidades.


Blog Frei Leão - Fizemos essa pergunta à irmã Mayara, e gostaríamos de retomá-la com você também, já que aparentemente você faz dessa frase seu lema de vida franciscano. "Comece fazendo o que é necessário, depois o que é possível, e de repente você estará fazendo o impossível". Pensando nessa frase, o que é mais necessário neste momento para a Jufra? O que não é tão fácil, mas possível? E o que parece impossível para a Jufra?

Jackson - Boa pergunta! Bom, com a experiência que tenho na Jufra e pelo que acompanho, vejo que a Jufra necessita no momento se reanimar. Na realidade, os jufristas, precisam perceber, compreender e assimilar qual a motivação que os leva a serem franciscanos. Como fala-se muito do “voltar às origens”, percebo que, no momento, os jovens têm que se redescobrir, voltar às origens, sobre o que o incentivou a estar na Jufra. Bom, o que não é tão fácil, mas possível é fazer com que os jovens perseverem na caminhada fraterna, na sua formação, de modo que não fiquem estagnados num período só e que não tenham medo de avançar para águas mais profundas, de dar um passo a frente. E entender também que na Jufra, assim como a vida, é um ciclo. Digo na Jufra, haja vista que a mesma é um “caminho de vocação”, ou seja, não é a vocação específica em si. Nesta fase, os jovens decidem ou deveriam decidir o que querem fazer de fato da sua vida.


Blog Frei Leão - Perguntas curtinhas (elencamos alguns sentimentos/sensações e o entrevistado destaca um momento de sua vida).

a) Alegria: Muitos, mas creio que pode ser minha formatura na faculdade, pois consegui conciliar tantas atividades, estando como Secretário Nacional da Jufra.
b) Tristeza: Algumas “desavenças” que ocorreram na caminhada fraterna, porém edificante para o nosso ser, pois temos que amadurecer em todas as situações.
c) Emoção: nas minhas duas eleições para Secretário Fraterno Nacional
d) Espanto: Multidão reunida com o Papa Bento XVI na JMJ, em 2005.
e) Solidão: Nas viagens. Sem sombra de dúvidas. Entendam-se viagens, nos deslocamentos que precisava fazer, por vezes, intermináveis.
f) Esperança: Nos Congressos e Assembleias da Jufra, quando novos irmãos se colocam a disposição do serviço e nos compromissos de jufristas e profissões, pois sabemos que são verdadeiros dons de Deus.
g) Desilusão:
Alguns, mas prefiro deixá-los em “off”.
h) Amor: Ao chegar em casa, depois de alguma viagem ou atividade e ser sempre acolhido com o abraço e um beijo da minha mãe, que compreendeu bem a nossa missão.


Blog Frei Leão - Em 2013, como todos sabem, o Rio de Janeiro será a sede da Jornada Mundial da Juventude. Com isso, a Jufra do Brasil tem alegria de sediar também, o Encontro Mundial da Juventude Franciscana, que antecede a Jornada. O que você espera desse encontro?

Jackson - Espero que seja um encontro de jovens franciscanos sedentos por Deus, que anseiam e buscam Deus incessantemente. E todos tem a responsabilidade de levar, de portar essa mensagem a todos, seja através da palavra ou dos exemplos de vida. E claro, será um alegria receber tanta gente em nosso país, pois poderemos mostrar verdadeiramente o que o Brasil tem de bom, celebrando a vida e a fraternidade com os nossos irmãos em nossa casa!


Blog Frei Leão - O tempo para organização deste é mais curto dos que os demais, tendo em vista o adiantamento em um ano por parte da Jornada. Como a Jufra do Brasil vem se articulando e organizando para preparar este encontro? Qual papel você deve desempenhar em meio às suas atuais atribuições?

Jackson - Bom, acredito que passadas as celebrações comemorativas aos 40 anos da Jufra do Brasil, a organização deste evento (Encontro Internacional) entrará efetivamente na pauta das discussões e reuniões. Agora mesmo, no Capítulo Geral da OFS, aqui no Brasil, iremos conversar a respeito, já para iniciar a preparação do Encontro. Meu papel será de motivar, auxiliar, orientar o Secretariado Nacional e quem quer que esteja envolvido na organização do evento. Como membro do CIOFS e da Coordenação Internacional da Jufra poderemos levar as informações do Conselho Internacional, o que se pensa a respeito do Encontro e vice-versa.


Blog Frei Leão - Por fim, qual sua mensagem à Juventude Franciscana do Brasil por ocasião das comemorações de seus 40 anos?

Jackson - A mensagem que deixo é que vale a pena ser jufrista! Vale a pena ser cristão-franciscano! Que nunca perca de vista o seu ponto de partida. Perseverança sempre na vida e na caminhada fraterna, pois a mesma é cheia de altos e baixos e precisamos estar com os “cintos de segurança” bem afivelados para enfrentar estas tribulações. Porém, as alegrias são maiores e que isto, assim como tantos outros aspectos, motive-os na vida franciscana. Parabéns jufristas! Parabéns aos que passaram, aos que estão e aos que estarão por vir! Saúde e perseverança sempre. Paz e bem!

Gostou? Quer conhecer um pouco mais da história da Jufra do Brasil e seus 'personagens'?



terça-feira, 25 de outubro de 2011

AS APARÊNCIAS ENGANAM

Reflexão de Frei Almir R. Guimarães por ocasião da festa de
Santo Antônio Galvão

Romanos 8, 18-25; Lucas 13, 18-21
Ai estão esses homens e mulheres que se chamam cristãos. São seguidores de Cristo. Vivem a vida de todos os dias. Não são apenas pessoas religiosas. São colaboradores de uma grande obra que foi instaurada e inaugurada por Jesus Cristo. São operários de um mundo novo. São artífices do Reino.
O Reino, sabemos todos, é uma ordem nova de coisas que o Filho de Deus encarnado veio instaurar entre nós. Trata-se de uma completa transformação da ordem presente das coisas. Os últimos serão os primeiros. Grandes serão aqueles que servem. Um irmão não levará irmão a um tribunal. Felizes serão aqueles que tiverem fome e sede de Deus e não saciados. No fundo, a utopia do Reino significa a instauração de uma terra de justiça e de irmãos. O maior e mais visível sacramento do Reino será a fraternidade. Essa nova ordem de coisas foi inaugurada com a vida, a pregação, os gestos, os sinais, a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Esse mundo novo existe escondido no mundo velho marcado pela gastura do tempo e pelo cansaço da rotina. Os seus construtores e artífices colocam-se sinceramente diante do Senhor em postura de oração. Nem sempre é assim que as coisas grandiloquentes falem da b eleza e do esplendor do Reino. Esse Reino já está presente no meio destas coisas que passam. Aqui vemos uma mulher, esposa e mãe de família, que aceita a chegada de uma criança especial.
Sofre num primeiro momento, mas depois, suavemente reorganiza sua vida, renuncia a seus planos, por mais dignos e nobres que fossem, para se dedicar a quem precisa dela em tudo. Coisa pequena, é verdade, mas mais importante do que manifestações religiosas de massa muitas vezes exteriores. Esse mundo é feito de coisas pequenas como o fermento e o grão de mostarda. São coisas modestas em seus começos mas que, com desenvolver do tempo, se tornam grandes. Esse mundo novo do Reino é feito de coisas sem aparência como uma pitada de fermento que é colocada na massa e como um minúsculo grão de mostarda lançado na massa. Coisas frágeis que são fortes, que escondem força.... As aparências enganam....
De alguma forma, Paulo na Carta aos Romanos, não diz alguma coisa diferente... Os sofrimentos, as coisas presentes, escondem a glória... “Entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós”
Um autor assim escreve: “Por vezes é bom renunciar à febre de grandes projetos que não nos deixam tempo para viver as coisas pequenas e nos tratarmos como irmãos, lembrando-nos que Deus opera mais maravilhas nas pessoas com um gesto generoso do que com mil projetos aparentemente espetaculares”. Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM.

Confira também o que diz Frei Almir sobre Frei Galvão.

"7"

"Revestido da virtude do alto, este homem se aquecia mais com o fogo divino que tinha por dentro do que com a roupa que lhe recobria o corpo." (2Celano 69,1)

Um dia, em Assis.
O jovem Francisco parece um tanto quanto 'louco'. Andou em meio aos leprosos, peregrinou por capelas em ruínas e até distribuiu as melhores peças de tecido de seu pai aos mendigos da cidadela.
Ele já foi longe demais!
Seu pai o leva até à autoridade. Neste caso, o bispo.
Quando todos os presentes pensavam que o juízo seria reestabelecido à cabeça daquele moleque, uma nova travessura os surpreende:
Nudez!
Francisco tira sua roupa e a devolve a seu pai. Mas tamanha é a segurança de seu ato, que parece revestido de algo que as vistas dos que o cercam não enxergam.

Pois bem, é esse o lugar e o problema desta reflexão: a 'nudez revestida' de Francisco de Assis.
Francisco se coloca nú, assim como a criancinha recém-nascida. Francisco renasce para um vida nova. E é necessário não só a nudez física, que age mais como sinal visível do que prático, mas sim uma nudez espiritual, pura, quase ingênua. Como a do bebê à beira da pia batismal.

Francisco se desnuda para se aproximar e beber da principal pia, se saciar da verdadeira fonte que é Deus!
De fato ele não está nú: o próprio Cristo empresta seus farrapos de manjedoura à Francisco. E não só no momento do 'renascimento', mas também o revestindo com os trapos da cruz, quando Francisco está próximo do fim.
Não importa se era primavera ou outono, verão ou inverno. O fato é: Francisco se manteve espiritualmente nú durante todos os anos que se seguiram até sua morte, acalentado e aquecido pela força do Espírito Santo.
E foi assim, que Francisco se deixou conhecer: por não ter nada. Apenas Deus (que não é pouca coisa), em sua Trindade perfeita, e alguns pedaços de pano que cobriam seu 'santuário carnal'.

E nós?
Para nos identificarmos com as causas do assissiense utilizamos de tantos recursos banais: taus, camisetas, bonés, mochilas etc.
E pior: aqueles que, muitas vezes se identificam como "os que seguem o Seráfico Pai mais de perto", e que recebem como sinal maior de sua dedicação ao carisma uma cruz de pano (o hábito), em sua maioria¹ o abandonam às traças, em um cabide, mofando em um canto qualquer do roupeiro. (Observação: isso muda quando se aproxima datas importantes como a solenidade do patrono, em que os hábitos são levados ao varal para perder o cheiro de naftalina).
Seria uma tentativa de fazer uma releitura da 'nudez revestida' de Francisco?
Com certeza! Mas uma 'nudez revestida' de trajes finos e caros, que envergonham a nomenclatura da Ordem e sugerem a troca por 'irmãos maiores', ou algo do género. Parece que Francisco já sabia o que viria pela frente:

“Ainda vai ha ver tamanho relaxamento no rigor, e um domínio tão grande da tibieza, que filhos do pobre pai não vão se envergonhar de usar até púrpura (tecido vermelho com o qual é feito a capa dos reis) , cuidando apenas de mudar a cor”. (2Celano 69,13)

Peçamos à Trindade Santa que, por intercessão de São Francisco de Assis, se reestabeleça o verdadeiro sentido da 'nudez revestida' em nossos tempos, de modo a darmos um testemunho coerente de nossas escolhas e chamados.

Assim seja, amém!

Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação

(¹ Quando me refiro a uma maioria, deixo bem claro que não trato de todos os franciscanos, ou mais especificamente, de todos os frades. Pois há uma pequena porção que ainda usa o hábito como sinal visível de sua consagração e devoção ao seu chamado, diferentemente da outra corrente citada no corpo do texto. )

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Editorial - 24/10/2011

Fome, fome, fome. Tamanha é nossa necessidade de alimentarmos que os mecanismos de defesa do nosso corpo desenvolveram um modo de alertar-nos quando precisamos “repor as energias”.

Sabemos que é terrível essa sensação. Quem já sentiu que o diga. E muita gente passa fome. “Não só de pão vive o homem, mas de toda palavra que procede da boca de Deus (Dt 8,3)” Mt 6, 4.

Com certeza, caro leitor, no mundo há muitas pessoas que ainda passam por fome física. A estatística, pra ser mais preciso, aponta 1 bilhão de pessoas. Podemos sentir vergonha e apontar culpados ou mudar a situação como vimos na segunda passada. Mas hoje quero olhar para outra fome que você, talvez, já saiba qual seja.

Antes de nos jogar ao assunto, vamos assistir a um vídeo. Ele é super popular e talvez já o conheça. De qualquer forma assista-o e vamos refletir juntos. Ok?



Quero te levar à reflexão sobre a fome de Deus que as pessoas, do nosso presente, estão passando. Digo do nosso presente porque não é de hoje que existe essa fome. Nem será amanhã que ela terminará. Mas com a promessa de Cristo e a virtude da esperança, que nos é dada por Deus, sabemos que ela terminará um dia e terá chegado o dia do glorioso triunfo de Deus sobre a “morte” e o anti-reino. Mas isso é papo pra outro dia! (risos). - Deus nos chama para ação. Para incomodarmos os que lutam por deixar as coisas como estão.

Se alimentar é necessidade fisiológica do ser vivo, a necessidade de ser escutado é psicológica e própria de nossa natureza. Com o “empréstimo” do ouvido devemos agora por em prática o desejo de nosso Senhor, que todas as criaturas sejam evangelizadas, que todos conheçam a boa nova do reino, que todos louvem o Deus único.

Agora você me diz: “É, isso eu já sabia, mas quero saber como se faz isso, porque escrever é muito fácil”.

Te respondo com uma frase: “ Eis que ponho minhas palavras em tua boca”. Jr 1, 9.

É tão difícil ir ao encontro do outro. Temos medo de não sabermos o que falar, medo de perder nosso tempo a toa, medo de não ser bem aceito, medos, medos, medos, medos e mais medos.

Repetimos tanto a profecia de Jesus em que a Igreja nunca cairá porque “as portas do inferno não prevalecerão”, mas mau intendemos que Igreja somos nós. Cada um de nós. O Senhor é meu sustentáculo. Se se dispõe a ir, deve confiar que ao teu lado ele está de ditando tudo o que deve fazer e dizer ao pé de seu ouvido.

Não poderia passar em branco o que nós “trazemos a memória” hoje, o dia internacional do desenvolvimento. Desenvolver é evoluir, é crescer. Um processo lento que muda nosso modo de ser e de agir sem destruir nossa personalidade. Intenda o processo de desenvolver-se do mesmo modo que entende-se conversão.

E agora, que você já não consegue intender mais nada, de tantas coisas jogadas ao ar, convido ir costurando comigo os pontos.

Todo cristão recebe uma missão ao ser batizado e todo batizado tem dever de cumprir com a missão como também recebe a força necessária para ela direto do Deus vivo. São tantos os momentos oportunos para por em pratica o evangelho. Sua vida, meu caro, é esse momento oportuno e nela, a todo momento, você se depara com situações onde teu amigo necessita de você. Uma única palavra amiga pode fazer a diferença. Nisso ainda estamos no âmbito fácil da coisa. Quantas vezes um mendigo, um bêbado, pedinte, drogado já te parou no meio da rua, ou mesmo bateu em sua porta? A primeira coisa que pensamos é: “Como me livrar dele o mais rápido possível?” e ai negamos tudo, sem saber o que ele queria direito. Você está cheio de oportunidades, mas não consegue vê-las porque nega a missão por medo. Desenvolva-se para o amor, para o bem. Ou melhor, proponha se desenvolver. A conversão (voltar-se para Deus) é processo lento que não depende só de você (desde que já tenha aceitado converter-se), mas do tempo de Deus. Perceba o plano de Deus e sua vontade em todas as situações de sua vida. Você pode matar a fome de alguém. "Eu sou o pão da vida: aquele que vem a mim não terá fome, e aquele que crê em mim jamais terá sede." Jo 6,35.

“Se você esteve afastado da Igreja nós convidamos você a um novo olhar.”

“Nossa família é unida em Jesus Cristo (cabeça), nosso Senhor e salvador.”

Paz e bem

Murillo Torres Lopes
Subsecretário de infanto, micro e mini-franciscanos