Francisco, homem católico.
Em meio a uma sociedade repleta de 'hereges', Francisco apresenta seu ideal: "Viver em plenitude o Evangelho de Nosso Senhor Jesus Cristo".
Mas 'onde' Francisco teria espaço para viver desse modo?
A Igreja a que pertencia parece um tanto quanto indiferente às questões evangélicas, e até mesmo distante dos propósitos de seu fundador (Cristo) e dos apóstolos que a edificaram. Como manifestar então, tal ideal em um meio, aparentemente, nada propício?
Não é propriamente Francisco, ou algum de seus irmãos, que pensam e prometem fidelidade à Igreja Católica. Tampouco padres, bispos ou cardeais contemporâneos, mais propensos a julgar o ideal do assisiense como heresia ou blasfêmia, a crer que tudo isso era um fruto divino.
É Deus!
É ele que faz com que Francisco prometa por si e pelos seus, presentes e futuros, a Santa Obediência à Madre Igreja.
Boatos, intrigas, acusações, escândalos, horrores e muitos outros aspectos negativos da história da Igreja, pela qual professamos nossa fé ("Creio na Igreja: Una, Santa, Católica e Apostólica"), poderíamos ainda elencar.
Contamos com líderes que trocaram seu fano (veste papal) por uma armadura. O barrete (chapéu) pelo elmo do guerreiro. A férula (cajado papal) pela espada.
Frente a isso, por que nós, franciscanos, permanecemos 'fiéis' à Igreja?
Alguns poderão facilmente concluir:
- Ora, Francisco lhe prometeu fidelidade!
É muito mais do que isso, meus irmãos! Francisco não se compromete apenas com a realidade da Igreja de seu tempo, se compromete também, com toda a conjuntura da mesma, seja qual for seu líder (Joões, Inocêncios, Gregórios, Paulos, Honórios ou Bentos), sua origem (italiano, polonês, alemão, japonês, brasileiro etc.) ou suas atitudes (aspecto de vovô bonzinho ou politico inveterado).
Francisco se orienta por este raciocínio:
A Igreja é mantida pelo Pai, tendo como base o próprio Filho e guiada pelo Espirito Santo.
É isso que enche os olhos de Francisco... a beleza constitutiva da Igreja. É por isso que se entristece ao peregrinar em Roma e não notar homenagens dignas ao Príncipe dos apóstolos, Pedro! E por isso, decide repartir o que tem em mãos entre os pobres e a tumba do Santo. Presta homenagem altiva ao apostolo. Com sua generosidade, escandaliza os que o cercam.
E assim, também nós, devemos manter nossa fidelidade à promessa do Seráfico Pai, não apenas por uma mera tradição, mas crentes de que ninguém se senta no 'trono do pescador' se não o for digno. Não são os homens que o elegem, mas o próprio Deus que propõe e núpcias entre o novo papa e a Igreja.
Peçamos a Deus, por intercessão de Francisco, para que Ele aumente nossa fé de modo a não vermos mais na pessoa do papa ou na instituição da Igreja, feições humanas ou um amontoado de tijolos. Mas sim, presença viva D'aquele a quem o Seráfico Pai prometeu tão solenemente ser fiel!
No 2011º ano da natividade de Nosso Senhor Jesus Cristo;
No 788º ano da aprovação da Regra Bulada dos Frades Menores, pelo papa Honório III, em que Francisco prometeu obediência;
E no 6º ano do pontificado de Sua Santidade, o papa Bento XVI, no qual dirigimos nossa fidelidade atualmente pela Santa Madre Igreja de Roma.
Assim seja, Amém!
Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação
(Dedico essas linhas ao irmão Murillo, meu irmão de fraternidade e editor deste blog, que apresenta um interesse significativo sobre história da Igreja, seus dogmas, ritos e preceitos. Dedico também a Frei Carlos Marchioni, OFM, meu pároco, que completou neste último sábado [15/10] 25 anos de serviço e fidelidade à Igreja).
No 788º ano da aprovação da Regra Bulada dos Frades Menores, pelo papa Honório III, em que Francisco prometeu obediência;
E no 6º ano do pontificado de Sua Santidade, o papa Bento XVI, no qual dirigimos nossa fidelidade atualmente pela Santa Madre Igreja de Roma.
Assim seja, Amém!
Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação
(Dedico essas linhas ao irmão Murillo, meu irmão de fraternidade e editor deste blog, que apresenta um interesse significativo sobre história da Igreja, seus dogmas, ritos e preceitos. Dedico também a Frei Carlos Marchioni, OFM, meu pároco, que completou neste último sábado [15/10] 25 anos de serviço e fidelidade à Igreja).
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