segunda-feira, 7 de novembro de 2011

O “CÚMULO” DA OUSADIA


Em tempos de pós modernos, tudo é muito comum e rotineiro. A sociedade avança a passos largos em alguma direção que talvez não se conheça. Mas não pretendo falar do comum e rotineiro, mas daqueles que vão além do que todo mundo faz. Pra fazer o que sete bilhões de pessoas fazem, nós já temos sete bilhões fazendo. A figura desse texto é aquele um que faz diferente.
Esta reflexão surge a partir da liturgia deste domingo, em que a Igreja celebra TODOS OS SANTOS, e a pergunta que me faço é: Como ser santo?
Foi daí que ouvi, por acaso, minha avó assistindo a missa pela televisão, e a única palavra que ouvi o padre dizer foi, OUSADIA. Eu nem sei se ele falava o evangelho, mas neste momento eu escutei a resposta da minha pergunta.

Para alcançar a santidade, não basta somente participar da missa aos domingos, ouvir o evangelho, guardar ele na memória, principalmente pra responder quando o padre perguntar no domingo seguinte: “Qual era o evangelho do último domingo?” Praticar algumas coisas de tudo isso que aprendeu, ajudar um mendigo, fazer uma boa ação, tantas outras coisas que fazemos, nós e uma boa parcela destes 7 bilhões que nunca foram a missa e nem se preocupam qual era o ultimo evangelho.
Quando vemos os santos que foram canonizados pela Igreja, constatamos grandes histórias de escolhas radicais pelo Cristo, de santos que foram até a morte defendendo sua fé, que foram, e tantos ainda são perseguidos pela sua fé.

Antes de qualquer coisa, de fazer tudo que fizeram, foram pessoas dos “bilhões”, mas não se contentaram e ousaram viver Deus mais de perto.
Estamos no século 21, ouvindo o beato João Paulo II ainda dizendo, que precisamos de santos de calça jeans. Numa época onde todos usam calça jeans, desde padres e freiras aos leigos e leigas das mais variadas idades. E todos nós, usuários de calças, somos chamados a ousar um pouco mais.

Para ser santo, precisa ser ousado, não seremos santos se continuarmos nos conformando com o pouco; e como já disse uma irmã em um outro texto publicado neste blog, “a comodidade religiosa”é a grande inimiga da santidade. Nesse estado de stand-by onde achamos que fazemos muito, não ousamos ousar um pouco mais.
Aqueles que hoje reconhecemos como santos, chegaram ao auge da ousadia. Foram muito além de um simples cristão bonzinho de domingo. E quando achamos que isso é privilégio só de alguns, devemos lembrar que o Espírito Santo desceu para iluminar a todos, e é ele que dá a coragem aqueles que ousam pedir, e ousam viver de novo o evangelho.

Sempre costumamos dizer que pessoas ousadas conseguem o que querem, e convém também começarmos a acreditar e dizer, que ser santo também é ser ousado. É ousar fazer um pouco mais, quando todo mundo diz “bem eu já fiz a minha parte”; é ousar um pouco mais quando alguém diz “tudo que podia ser feito, já foi feito”; é ousar um pouco mais quando todo o resto já perdeu a esperança e acreditar que ainda existe algo que pode ser feito pelo bem do outro.

Ser santo é sinônimo de ousadia! Quando entrarmos a próxima vez na Igreja e virmos a imagem de algum santo com suas vestes longas,  pensemos no quanto ele foi ousado para viver a sua fé. E para que não haja dúvida, pesquise a história de algum santo de sua preferência, ou analise alguma já conhecida. E perceba que tirando a época que ele viveu e talvez o país, a única diferença entre você e ele, é que ele não usava calça jeans.
OUSE SER SANTO!

Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local

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