Reflexão de Frei Almir R. Guimarães por ocasião da festa de
Santo Antônio Galvão
Romanos 8, 18-25; Lucas 13, 18-21
Santo Antônio Galvão
Romanos 8, 18-25; Lucas 13, 18-21
Ai estão esses homens e mulheres que se chamam cristãos. São seguidores de Cristo. Vivem a vida de todos os dias. Não são apenas pessoas religiosas. São colaboradores de uma grande obra que foi instaurada e inaugurada por Jesus Cristo. São operários de um mundo novo. São artífices do Reino. O Reino, sabemos todos, é uma ordem nova de coisas que o Filho de Deus encarnado veio instaurar entre nós. Trata-se de uma completa transformação da ordem presente das coisas. Os últimos serão os primeiros. Grandes serão aqueles que servem. Um irmão não levará irmão a um tribunal. Felizes serão aqueles que tiverem fome e sede de Deus e não saciados. No fundo, a utopia do Reino significa a instauração de uma terra de justiça e de irmãos. O maior e mais visível sacramento do Reino será a fraternidade. Essa nova ordem de coisas foi inaugurada com a vida, a pregação, os gestos, os sinais, a paixão, morte e ressurreição de Jesus. Esse mundo novo existe escondido no mundo velho marcado pela gastura do tempo e pelo cansaço da rotina. Os seus construtores e artífices colocam-se sinceramente diante do Senhor em postura de oração. Nem sempre é assim que as coisas grandiloquentes falem da b eleza e do esplendor do Reino. Esse Reino já está presente no meio destas coisas que passam. Aqui vemos uma mulher, esposa e mãe de família, que aceita a chegada de uma criança especial. | Sofre num primeiro momento, mas depois, suavemente reorganiza sua vida, renuncia a seus planos, por mais dignos e nobres que fossem, para se dedicar a quem precisa dela em tudo. Coisa pequena, é verdade, mas mais importante do que manifestações religiosas de massa muitas vezes exteriores. Esse mundo é feito de coisas pequenas como o fermento e o grão de mostarda. São coisas modestas em seus começos mas que, com desenvolver do tempo, se tornam grandes. Esse mundo novo do Reino é feito de coisas sem aparência como uma pitada de fermento que é colocada na massa e como um minúsculo grão de mostarda lançado na massa. Coisas frágeis que são fortes, que escondem força.... As aparências enganam.... De alguma forma, Paulo na Carta aos Romanos, não diz alguma coisa diferente... Os sofrimentos, as coisas presentes, escondem a glória... “Entendo que os sofrimentos do tempo presente nem merecem ser comparados com a glória que deve ser revelada em nós” Um autor assim escreve: “Por vezes é bom renunciar à febre de grandes projetos que não nos deixam tempo para viver as coisas pequenas e nos tratarmos como irmãos, lembrando-nos que Deus opera mais maravilhas nas pessoas com um gesto generoso do que com mil projetos aparentemente espetaculares”. Frei Almir Ribeiro Guimarães, OFM. |
Confira também o que diz Frei Almir sobre Frei Galvão.
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