terça-feira, 8 de maio de 2012

"19"

“Isto é o que pensa o murmurador: ‘Minha vida não é perfeita, não tenho ciência nem algum outro dom particular, e por isso não estou bem nem com Deus nem com os homens. Já sei o que vou fazer: porei defeito nos escolhidos, e assim conseguirei o favor dos importantes.
Sei que meu prelado é também um homem, que já agiu comigo do mesmo jeito, por isso basta cortar os cedros que o meu ramo há de se destacar na floresta. Vamos, miserável, alimenta-te de carne humana e, como não podes viver de outra maneira, rói as entranhas dos irmãos!’" (2Celano 183, 1-5)

Quantos destes murmuradores há por ai, não é mesmo caro leitor?
Muitos deles, para nosso infortúnio, se colocam muito próximos de nós, se não fisicamente, utilizando dos métodos mais variados que a tecnologia nos proporciona.

A muito tenho falado sobre fraternidade.
Bem ou mal, este tema é muito recorrente, direta ou indiretamente, nas linhas que destaco neste blog.
E o presente texto é um destes que se encaixa nesta temática, que não dista apenas sobre uma
problemática (os murmuradores/fofoqueiros/invejosos) que vez ou outra ocorre no convívio fraterno, mas também na vida comum, seja você franciscano ou não.

Penso que o exemplo de São Francisco, e que abre esta reflexão, é demasiadamente autoexplicativo. O Seráfico Pai fala daqueles irmãos que se dedicam a cuidar, zelosa e pejorativamente, da vida dos outros.
Há uma frase que, penso eu, norteia a convivência fraterna (pelo menos a vida da fraternidade Jufra 'Frei Leão') e que diz o seguinte: 'Deus deu uma vida pra cada cuidar da sua!'

Que os murmuradores, sem eufemismos ou metáforas, engasguem com o volume de suas línguas e se entorpeçam com o veneno que delas flui.
Encerremos por aqui estas linhas, pois esta coluna deve ser um  momento de reflexão; mas hoje, devido às necessidades de quem a escreve, se tornou oportunidade de desabafar algumas coisas, exorcizar alguns delírios. 

Que Deus nos abençoe!
Paz e bem!

Wendell Ferreira Blois
subsecretario de formação

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