segunda-feira, 7 de maio de 2012

Editorial - 07/05/2012

Bom dia queridos amigos e amigas leitores do Blog Fraternidade Frei Leão.

Com gosto retomarei o Editorial que havia iniciado ano passado (confira Editorial 17/10/2011 e Editorial 24/10/2011) e aqui venho lembrar mais uma vez que minha intenção é levar a reflexões de coisas que estão no nosso dia-a-dia.

Pois bem, o vídeo dessa semana pede um olhar cuidadoso. Não há nada de mais nele, ou ainda há tudo nele. Antes de explicar o que quero dizer vamos ao vídeo.



Veja também esse vídeo, também da menina Andressa, contando um pouco mais sua vida.

Quem me mostrou esse vídeo foi um amigo de trabalho. A priore não vi muita coisa nele, mas ninguém melhor como esse amigo para dar sempre sentido a tudo, ver o além e as possibilidades de usufruto das coisas.

Não sou muito chegado a esses vídeos trágicos, emotivos, que sempre tentam de culpar de alguma coisa mal resolvida ou não feita. O vídeo nem se enquadra tanto assim nessas categorias, contudo o fantástico mesmo foi a visão de meu amigo. - "Murillo você poderia passar esse vídeo para seus meninos da catequese, o que acha? Depois refletir o papel de cada um dentro do grupo como mostra a menina Andressa fazendo." De fato o vídeo nesse contexto é excelente e o usei. Minhas crianças (10 a 11 anos) adoraram o vídeo. Conversamos sobre. Não é que eles pegaram tudinho (risos).

Minha reflexão não poderia ser tanto diferente quanto as outras, e aqui reitero: é preciso agir. É compreensivo que Andressa por ser criança e viver num outro contexto social tinha possibilidades maiores de fazer mais. Claro que por ser criança o peso de certas responsabilidades não a impede de tanto ou mesmo nem existisse. Entretanto  algumas vezes penso que é vergonhoso e ao menos incomodo saber que com tanto pouco, idade e recurso, a menina fez tudo e mais um pouco do que é nossa, também, a responsabilidade de fazer. Não estou aqui invejando a menina e sim a enaltecendo. Sempre deixamos para depois, para amanhã, para o outro. Achamos que não é a hora, que nos falta formação. Nos falta é vergonha na cara, isso sim.

Manifesto da Juventude Franciscana


09 - Queremos ser uma presença consciente, desafiadora, na realidade onde vivemos, captando nela os anseios e busca de libertação, para sermos agentes na construção de uma nova sociedade. O mundo cabe a nós salvá-lo ou perdemo-nos com ele.


16 - Propomo-nos lutar com todas as forças contra as situações alienadoras e egoístas da exploração do prazer, do consumismo e da violência, e aquilo que dá sentido a vida: a certeza da presença de Deus Justo e Bom no Mundo.

17 - Como testemunhas apostólicas propomo-nos tomar consciência dos grandes problemas do mundo de suas causas, aprofundando o estudo das correntes de pensamento, cultura e política. Temos consciência de que isso exige de nós oração, leitura sistemática do Evangelho participação e engajamento na Igreja.


Não é preciso começar com grandes grupos. Não é preciso "morar na igreja" ou somente realizar coisas para ela e aos irmãos em Cristo. Basta começar, iniciar, querer fazer. Como diria meu irmão Mateus Garcia, atreva-se viver o evangelho. Ouse mais, queira mais. Afinal como refletimos no evangelho de ontem (Jo 15, 1-8), somos os ramos da videira que é Cristo. É nossa responsabilidade dar os frutos. E Deus não nos pede o mundo, porque Cristo já o ganhou com seu sangue, mas nos pede ação, pequenas atitudes, pequenas mudanças, testemunho de vida.

Abro aqui para falar diretamente com vocês, Jufristas.
Engajem-se na formação de infanto, micro e mini-franciscanos em suas fraternidades. É simplesmente o começo de ações com nossas futuras gerações. Que lindo.

Leitores, não pense que é fácil, pois o próprio Deus já nos antecipou que haverá podas para darmos mais frutos. Mas levem consigo o que Paulo próximo da morte disse - "[...] Pois vai chegar um tempo em que muitos não suportarão a sã doutrina, mas conforme seu gosto se cercarão de uma série de mestres que só atiçam o ouvido. [...] Combati o bom combate, terminei a corrida, guardei a fé. [...]" IITm 4, 3.7

Como foi seu combate? Terminou a corrida? E tua fé?

Francisco, ensina-nos a descalçar as sandalhas quando a palavra do Altíssimo escutarmos. Amém.

Paz e bem

Murillo Torres Lopes
Subsecretário de infanto, micro e mini-franciscano

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