quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Cores de Manjedoura


Não houve uma melhor data para se comemorar o nascimento de Cristo. Ninguém sabe ao certo o dia exato em que nasceu o Salvador da humanidade, mas convencionou-se o dia 25 de dezembro, dia em que os pagãos celebravam o nascimento do sol. E para os cristãos o nascimento de Cristo também é o nascimento do sol, que traz em si todas as cores.
Quando em Belém nasceu Jesus, o sol se ofuscou diante de tanto brilho, e durante a noite não houve trevas. O brilho partia de um lugar simples, junto de alguns animais, na pequenina Belém. Já pequenino o menino iluminava muito, refletia luzes que davam brilho a vida e ao rosto das pessoas. Cores que enobreciam o lugar e os lugares por onde passava, e levavam alegria aos que se achegavam. Não houve nascimento mais luminoso e festivo que aquele. Não tinha o brilho do ouro, nem da prata, não tinha roupas finas, nem ornamentos rebuscados, não tinha nada, possuía apenas aquele brilho que fulgurava com o nascimento do sol.
Imaginem a vida sem o sol!

Como canta o salmo: “O vigia espera o sol, eu espero meu Senhor!” Todos antes de Cristo viveram a esperança deste novo sol, e eis que ele veio, mergulhado na pobreza, para iluminá-la.

Mais ou menos 1200 anos depois...
Nasceu em Assis, Itália um menino chamado João, que depois passou a se chamar Francisco, como determinara o pai, para homenagear a França.

Francisco nasce, não com o mesmo brilho e graça do Cristo, mas quando se rompe para Deus, traz em si as cores que se via na manjedoura. Francisco, como já foi dito, foi como uma bomba na idade média, que não veio devastar nada, mas simplesmente iluminar. Trouxe consigo o brilho de Cristo menino de Belém. Espalhou pelo mundo a alegria destas cores, pela mensagem de sua própria vida que ecoou pelos cantos da Terra. No hábito marrom se podiam enxergar variadas cores nos irmãos que corriam, cantavam, louvavam a Deus na vida e na criação. Francisco, morador de Assis, veio para lembrar ao mundo e a Igreja quais eram as verdadeiras cores que se viam na manjedoura de Belém, e que eram delas que deveríamos nos revestir e também nossas Igrejas.
E finalmente a pergunta: que cores são essas?

Cores da paz ilimitada, da esperança eterna, no amor incondicional, da bondade desmedida, da justiça implacável, mas de misericórdia incomensurável, da liberdade universal, da alegria simples, da fé absoluta, da razão conciliadora...
Estas são algumas cores, só nos falta colorir o mundo com elas!


Para ler o texto que deu origem à esta série, acesse este link:
http://jufraleao.blogspot.com/2011/10/4-de-outubro.html

Para ler a primeira parte da série, acesse este link:
http://jufraleao.blogspot.com/2011/10/uma-bomba-atomica-em-plena-idade-media.html

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