quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Apóstolo Paulo

"Ai de mim, se eu não anunciar o evangelho!" (ICor 9,16)



De grande perseguidor dos cristãos, Paulo se torna o maior difusor do evangelho no primeiro século da era cristã. No episódio da viagem a Damasco, ele se depara com o Cristo ressuscitado, e fica cego. Não era simplesmente uma cegueira fisíca, sua alma estava na escuridão e completamente fechada ao que acabara de ver e ouvir. Era preciso ser purificado, e quando é batizado pelo profeta em Damasco, recobra visão.
Paulo não experimentou um processo longo e demorado de conversão, ele viveu um grande momento em sua vida que foi suficiente para mudar sua posição. Não mudou tão rápido porque era fraco, mudou porque aquela mensagem foi clara demais sobre qual era o verdadeiro salvador.
Tomando o caminho certo, Paulo se torna grande anunciador do evangelho, e é responsável por levar o cristianismo para fora da Palestina. O cristianismo em Paulo ganha proporções estrondosas. Vejo que a mesma força que tinha na perseguição implacável aos cristãos, agora é colocada completamente a serviço da difusão do evangelho. Paulo pregou, operou milagres, sofreu perseguição, em algumas vezes dos próprios cristãos, mas perseverou até o fim.
A importância de Paulo no início da Igreja está no grande anuncio do evangelho, mas também na nova organização que vai dando aos cristãos. A circuncisão era um grande dilema da época, e segundo a carta aos Gálatas, levou até a uma certa discussão entre Pedro e Paulo, mas Paulo afirma que esse já não era um ritual necessário. A circuncisão para o judeu, era como o batismo para os cristãos, o meio pelo qual se era introduzido a fé. E os judeus que aderiam ao cristianismo julgavam necessário que os pagãos convertidos deveriam se circuncidar. Paulo responde a questão com maestria, pois a salvação mediante o seguimento da lei era um costume judeu farisaico, e de fato a salvação estava e está, simples e somente na fé em Jesus Cristo.
Paulo responde a questões que até mesmo os discípulos que tinham convivido com Jesus tinham certa dificuldade em responder.

Nas várias cartas que escreveu, algumas ainda que contestadas por historiadores como sendo de sua autoria, trazem grandes ensinamentos para a fé cristã. São cartas que amenizam conflitos e dão luz a várias questões sociais e políticas como para a comunidade de Corinto; que derrubam diferenças como na carta aos Romanos; quem afirmam a realeza e soberania de Jesus como na carta aos Colossenses e que promovem perdão e liberdade, como na pequena carta a Filêmon. As cartas em si não trazem tantas mensagens que se tenha ouvido dos evangelhos, mas apontam como vivê-lo em plenitude, dão pistas de seguimento fiel ao Cristo, iluminam o caminho para se chegar ao evangelho.
Paulo na primeira carta a comunidade de Corinto compõe um belíssimo texto no capitulo 13, exaltando e enaltecendo o amor, ao mesmo tempo que ensina como amar. Amor que é a base do cristianismo que pregou. Amor que pura e simplesmente constrói comunidade de vida e partilha e leva a salvação.
Não vou transcrever aqui o texto todo, deixo um convite a você leitor que pegue sua Bíblia e leia, saboreie e aproveite dessa belíssima mensagem, que virou tema de músicas e poesias.
Vou me ater somente ao último versículo: "Por ora subsistem a fé, a esperança e a caridade - as três. Porém, a maior delas é a caridade."

Aqui se compõem as virtudes teologais, que vindas de Deus guiam os homens para retornarem a Ele. Mas este é um assunto para os próximos textos.
Como convite, gostaria que cada um de vocês lessem ao menos uma carta de Paulo, um tesouro imenso para toda a Igreja, e na próxima quinta feira continuaremos nossa reflexão. Até lá!

Paz e Bem

Mateus Agostini Garcia
Secretário Fraterno Local

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