sábado, 18 de fevereiro de 2012

MENSAGEM DO EVANGELHO DOMINICAL

por Frei Gilmar Vasques Carreira, Ofm

7º Domingo do Tempo Comum
Evangelho (Marcos 2,1-12)

Novamente encontramos Jesus dentro de uma casa em Cafarnaum. Com esta notícia multidões se reuniram e já não havia lugar para mais ninguém (v1-2). Nesta ocasião trouxeram-lhe um paralítico carregado por quatros homens que entraram pelo telhado da casa (v3-4).  
Nós sabemos pela bíblia que entre as pessoas excluídas da comunidade de Israel havia, além dos leprosos, dos quais falamos no domingo passado, havia também os paralíticos (Lv 21,18). Notamos que Jesus ao ver a fé daqueles homens, perdoou os pecados do paralítico (v5), para depois curá-lo (v11). Vamos tentar entender o porquê Jesus assim o fez: 
Muitas pessoas ainda ligadas à religião legalista, entre eles os fariseus e mestres da lei, acreditavam que as doenças eram oriundas dos pecados. As doenças eram vistas como um castigo de Deus que cobrava a culpa dos pais nos filhos até a terceira geração (Ex 20,5), mas Jesus corrige este equívoco na interpretação da vontade de Deus quando curou um cego de nascença (Jo 9, 2-3). Por isso, diante da hipocrisia destes falsos religiosos, Jesus além de perdoar, curou também o homem paralítico.  
A mensagem do evangelho nos ensina que Jesus não veio somente para curar o corpo ou somente o espírito, veio para salvar o homem na sua integridade. Ensina também que há pessoas que poderiam reconstruir a própria vida se houvesse algum cristão autêntico a apoiá-las para chegar até Cristo como fizeram estes quatros homens de fé.  
Nós que cremos em Cristo Jesus, não podemos jamais agir como “escribas e mestres da lei” que, talvez mesmo que inconscientes, impedimos aos “paralíticos” de se encontrarem com Cristo.

Paz e benção no Senhor!


Frei Gilmar Vasques Carreira, Ofm, é frade franciscano ligado à Custódia do Sagrado Coração de Jesus e vigário da paróquia São Judas Tadeu de Franca-SP. 


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