sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

JUFRA EM MISSÃO (5)

 O Documento de Aparecida nos propõe um caminho para seguirmos mais fielmente a Jesus, como "discipulos e missionários".
Penso que fazemos muito bem o 'papel' de discipulos de Jesus: participamos das mais variadas celebrações de cunho ritualistico e dogmático; ouvimos a palvra de Deus e a meditamos.
Mas, e como 'missionários'?
Entendo que muitas vezes nós nos escondemos por detrás de uma rotina atribulada, e de uma série de desculpas que inventamos, como por exemplo, a da evangelização do trabalho e na escola, que poucos executam de fato, mas que muitos utilizam para justificar suas ações missionárias inexistentes.
A Igreja precisa mais de nós! Aliás, nós precisamos mais de nós mesmos. Porque somos todos nós que, irmanados com o Cristo, formamos o que chamamos de Igreja.
Ao iniciar mais um ano, espero que essas reflexões sirvam de alguma forma, para incomodar e motivar o leitor a fazer algo de mais concreto em favor da fé que professamos, e daqueles que precisam fortalecer sua fé através da evangelização da palavra de Deus.
Sejamos legitimos missionários!


Wendell Ferreira Blois
subsecretário de formação

A atividade Missionária é o maior e mais santo dever da Igreja Católica Apostólica Romana

Muitas pessoas estão sedentas das palavras de Cristo, as únicas que podem dar paz à alma, as únicas que ensinam o caminho do Céu: “Senhor, a quem iríamos nós? Tu tens as palavras da vida eterna” (Jo 6, 68). E a Igreja Católica tem o dever principal de dar a conhecer Jesus Cristo através das missões: “Entre as tarefas de interesse geral, dê particular importância à atividade missionária o maior e o mais santo dever da Igreja” (Cf. Concílio Vaticano II, Decreto “Ad Gentes”, nº 29).
A urgência de dar a conhecer a doutrina de Cristo é muito grande, porque a ignorância é um poderoso inimigo de Deus no mundo e é: “A causa e como que a raiz de todos os males que envenenam os povos” (Cf. Encíclica “Ad Petri Cathedram”, 29-6-1959, do Papa João XXIII). Cada cristão deve dar testemunho – não só com o exemplo, mas também com a palavra – da mensagem evangélica.
O Concílio Vaticano II, Decreto “Ad Gentes”, nº 5, assim expressa sobre esse maior e mais santo dever da Igreja: “O Senhor Jesus desde o início “chamou a Si os que Ele quis, e fez que os doze estivessem com Ele para enviá-los a pregar” (Mc 3, 13). Assim foram os Apóstolos os germes do novo Israel e ao mesmo tempo a origem da sagrada hierarquia. Depois, que por Sua morte e ressurreição completou em Si os mistérios de nossa salvação e da renovação universal, o Senhor obteve todo o poder no céu e na terra. Antes de ser assumido ao céu fundou Sua Igreja como o sacramento da salvação. Como Ele mesmo fora enviado pelo Pai, enviou os apóstolos a todo o mundo, mandando-lhes: “Ide, pois; fazei discípulos meus todos os povos, batizando-os em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo, ensinando-os a observar tudo quanto vos mandei” (Mt 28, 19s). “Ide por todo o mundo, e pregai o Evangelho a toda criatura. Quem crer e for batizado será salvo, mas quem não crer será condenado” (Mc 16, 15s). Daí o dever que cabe à Igreja de propagar a fé e a salvação de Cristo. Isto em virtude do expresso mandato transmitido pelos Apóstolos ao Colégio dos Bispos, assistidos pelos Presbíteros, junto com o Sucessor de Pedro e Sumo Pastor da Igreja; e ainda em virtude da vida que Cristo infunde em Seus membros. “Por Ele o corpo todo pelo serviço de cada membro se organiza e se mantém firme e a cada órgão vem assinada a sua função peculiar; e destarte vai o corpo crescendo até chegar ao desenvolvimento completo pela caridade” (Cf. Ef 4, 16). Obediente ao mandato de Cristo e movida pela graça e caridade do Espírito Santo, a Igreja cumpre sua missão, quando em ato pleno se faz presente a todos os homens ou povos, afim de levá-los à fé, à liberdade e à paz de Cristo, pelo exemplo da vida, pela pregação, pelos sacramentos e demais meios da graça. E assim se lhes abre um caminho desimpedido e seguro à plena participação do mistério de Cristo”.

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